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Operação investiga desvios de pelo menos R$ 150 milhões do Sistema S do Rio de Janeiro por escritórios de advocacia no Rio e em São Paulo
09/09/2020 às 15:02
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Frederick Wassef é ex-advogado da família Bolsonaro é um dos alvos da operação da Polícia Federal | /Reprodução/TV Globo
Os advogados Ana Tereza Basílio (que representou Wilson Witzel), Frederick Wassef (família Bolsonaro) e Cristiano Zanin e Roberto Teixeira (Lula) foram alvos de uma nova fase da Operação Lava Jato deflagrada nesta quarta-feira (9). Jair Bolsonaro, Lula e Wilson Witzel não estão sendo investigados na Operação E$quemaS.
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Esta fase da Lava Jato investiga desvios de pelo menos R$ 150 milhões do Sistema S do Rio de Janeiro por escritórios de advocacia no Rio e em São Paulo. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), alguns pagamentos foram feitos "sob contratos de prestação de serviços advocatícios ideologicamente falsos", sem contratação formal e sem critérios técnicos, como concorrência ou licitação.
A operação deu-se através de uma delação premiada do ex-presidente da seção fluminense do Sistema S, Orlando Diniz. O sistema engloba Fecomércio, Sesc e Senac.
Cinquenta mandados de buscas e apreensões foram expedidos pelo juiz federal Marcelo Bretas e ele acatou a denúncia do Ministério Público, tornando rés 26 pessoas. O ex-advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, não foi denunciado, ou seja, não virou réu. O Ministério Público Federal não explicou o motivo.
Os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal e Alagoas.
Esquema
A investigação aponta que as entidades que integram o Sistema S destinaram ao menos metade de seu orçamento anual a contratos com escritórios de advocacia. De acordo com a força-tarefa, dos R$ 355 milhões gastos, “ao menos R$ 151 milhões foram desviados”.
"Como os contratos eram feitos com a Fecomércio/RJ, entidade privada, o seu conteúdo e os seus pagamentos não eram auditados pelos conselhos fiscais do Sesc e do Senac Nacional, pelo TCU ou pela CGU, órgãos que controlam a adequação dos atos de gestão das entidades paraestatais com a sua finalidade institucional", disse o Ministério Público.
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