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Em um dos endereços dos alvos da investigação os agentes da Polícia Federal encontraram um helicóptero na garagem | /Reprodução/PF
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (12) a 79ª fase da operação Lava Jato, que apura pagamentos de propina na Transpetro e lavagem de dinheiro por meio da negociação de imóveis e obras de arte.
Os policiais estiveram em endereços ligados a dois filhos do ex-ministro e ex-senador Edison Lobão, que são alvos da investigação. Em um dos locais a polícia encontrou um helicóptero na garagem.
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Segundo a PF, a previsão era de apreensão de ao menos cem obras de artes que seriam usadas para lavar o dinheiro fruto da corrupção na subsidiária da Petrobras. A intenção é de que as obras sejam periciadas e sirvam para eventual reparação dos crimes investigados.
A operação é um desdobramento da 65ª fase da Lava Jato, de setembro de 2019, quando Márcio, um dos filhos de Lobão, chegou a ser preso. Os mandatos estão sendo cumpridos em Brasília (DF), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Angra dos Reis (RJ) e São Luis (MA).
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), as investigações apontam que, entre 2008 e 2014, Marcio e o irmão, Edison, receberam propinas de empresas que firmaram contratos com a Transpetro. De acordo com a apuração, o grupo recebeu ao menos R$ 12 milhões.
Os valores, segundo o MPF, eram muitas vezes pagos em espécie e sua origem era dissimulada com a aquisição de obras de arte de alto valor. Parte do pagamento era feita "por fora" e tanto o comprador quanto o vendedor emitiam notas fiscais e recibos, mas declaravam à Receita Federal valores menores do que os efetivamente pagos.
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Segundo o MPF, em alguns casos, há diferença de mais de 500% entre os valores declarados e os pagos. Há suspeita de envolvimento de galerias de arte nas transações -uma delas é um dos alvos da operação. De acordo com os procuradores, a forma de lavagem de dinheiro foi confirmada por galeristas que procuraram espontaneamente o órgão durante as investigações.
Na 65ª fase da Lava Jato, a PF encontrou na casa de um dos investigados obras de arte com diferenças de até 1.300% entre o valor declarado e o praticado pelo mercado. O dinheiro também seria lavado por meio de transações imobiliárias.
Os investigados não se pronunciaram.
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