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Diretor do Instituto Butantan afirmou que se o governo federal não se manifestasse, haveria negociação direta com estados e municípios; contrato deve ser assinado na próxima terça
29/01/2021 às 15:54
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Contrato se refere a compra de lote com 54 milhões de doses da vacina CoronaVac | /Governo do Estado de São Paulo
Nesta sexta-feira (29), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que o governo federal se manifestou sobre a compra do lote com 54 milhões de doses da CoronaVac e deve assinar o contrato na próxima terça-feira (2).
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"Com relação à contratação adicional das 54 milhões de doses, hoje, alguns minutos atrás, eu recebi uma comunicação da pessoa responsável pelo departamento de logística do Ministério da Saúde, avisando que o contrato será assinado na terça-feira da próxima semana. É uma notícia que todos nós estamos aguardando e esperamos que se concretize na próxima terça-feira", revelou.
Na quinta-feira (28), o diretor do Instituto chegou a dizer que se o governo não se manifestasse, o Butantan negociaria diretamente com estados e municípios. Nesta sexta, Dimas falou que a exportação de doses para outros países não interfere no cronograma de vacinação do Brasil.
"Com relação aos fornecimentos de vacinas para os países, trouxe uma certa confusão em decorrência até na minha fala na última coletiva. Na realidade, o abastecimento desses países é um contrato entre Sinovac, Butantan e os países, e ele é adicional ao quantitativo de doses que se discute para o Brasil. Nesse momento, a Sinovac disponibilizou 500 mil doses para esses países, doses prontas, e essas doses serão liberadas assim que assinem o contrato. Isso não interfere no cronograma do Brasil, isso não é competitivo com a vacinação no Brasil", disse Dimas Covas.
O contrato para a inclusão da vacina produzida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac no Plano Nacional de Imunização (PNI) prevê a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, com entrega até 30 de abril. No entanto, com a previsão dessas 54 milhões de doses, o total passa a ser 100 milhões.
Ainda segundo o contrato, o Ministério da Saúde podia manifestar o interesse pelo segundo lote até 30 dias após a entrega de todas as doses da primeira entrega.
Insumos para vacina
Ainda nesta sexta-feira, Dimas Covas disse que era preciso um planejamento para garantir insumos.
"É necessário que o ministério [da Saúde] se pronuncie porque estamos no fim de janeiro, e esta produção estaria prevista para o início de abril, portanto não haverá tempo para negociarmos com a nossa parceira em relação à matéria-prima se não houver essa manifestação", afirmou o diretor do Instituto Butantan.
"É apenas essa a questão. Não estamos pressionando de forma alguma, lembrando que essa é uma vacina mundial, não é só para o Brasil. É uma vacina para o mundo inteiro. Ela já está sendo usada em vários países, começa a ser usada ainda mais intensamente nesta semana no Chile, e então a demanda está muito aquecida e precisamos nos preparar", concluiu.
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