COVID-19
OMS quer mais mais seriedade do País e medidas mais rígidas para contar o avanço da doença; Brasil já contabiliza mais de 260 mil mortes
Várias medidas de apoio financeiro a estados e municípios foram tomadas pelo governo federal / /Tarso Sarraf/Folhapress
O Brasil vive o pior momento da pandemia da Covid-19 e recebeu um alerta nesta sexta-feira (5) da OMS (Organização Mundial da Saúde). O diretor-geral da Organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, cobrou mais seriedade do País e medidas mais rígidas para contar o avanço da doença. As informações são do portal “G1”.
“Se o Brasil não for sério, vai continuar a afetar toda a vizinhança lá e além. Não é só sobre o Brasil”, afirmou Ghebreyesus.
O diretor-geral também alertou sobre o aumento de mortes pela doença e internações entre jovens. "Enquanto em muitos países os números estão decrescendo, no Brasil estão crescendo sem parar", disse ele, citando uma alta semanal de 140 mil casos e 2.138 mortes, em novembro, para 374 mil casos e mais de 8.000 mortes agora. O País já totaliza mais de 260 mil mortes causadas pelo novo coronavírus.
Segundo a OMS, o Brasil está na contramão da maioria do mundo e isso é muito preocupante. “A situação no Brasil é muito, muito preocupante. Quando vimos muitas tendências de queda, em muitos países, nas últimas seis semanas, a situação no Brasil ou tinha aumentado ou atingido um platô – mas, é claro, com uma tendência maior de aumento. Eu acho que o Brasil tem que levar isso muito, muito a sério", disse Tedros.
O diretor-executivo da OMS, Michael Ryan, também considerou crítica a situação de todo o País e afirmou que "não é hora de relaxar". "A chegada da vacina traz esperança, mas não devemos achar que o pior já passou. Isso só faz o vírus se espalhar mais. Agora não é a hora de o Brasil ou qualquer outro país, aliás, relaxar", disse ele.
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Variantes
Os diretores da OMS também lembraram das variantes do vírus que estão se espalhando pelo mundo e se disseram muito preocupados com as novas cepas. Uma das que mais está causando preocupação é a P.1, identificada pela primeira vez em Manaus. "Estamos muito preocupados com a P.1. Ela carrega muitas mutações específicas que dão vantagens ao vírus, principalmente na transmissão”, informou Michael Ryan.
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