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Entre as falas feitas durante a leitura do relatório da CPI, o senador e presidente da comissão Omar Aziz afirmou que não permitirá que o relatório seja engavetado
20/10/2021 às 14:35
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Plenario Congresso Nacional | / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Nesta quarta-feira (20), o relatório final da CPI da Covid-19 foi lido, e o senador Omar Aziz, presidente da CPI, e Renan Calheiros fizeram diversos destaques durante a leitura.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que a comissão não vai permitir que cidadãos e autoridades engavetem o relatório final da comissão.
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"Presidente, a gente tem respeito pelo cargo. Vossa excelência é a maior autoridade desse país, nós não vamos permitir que nenhum cidadão, seja autoridade que for, achar que pode engavetar esse relatório. Esse relatório vai ser debatido pelo Brasil, nas universidades, vai ser usado como tese para mestrados. Esse relatório passa a não ser mais da CPI, mas das vítimas da Covid, dos sequelados. O senador Renan fez o máximo com auxílio de todos", afirmou.
Aziz também rebateu às gargalhadas do presidente Jair Bolsonaro sobre o relatório final. Disse que é uma "risada de temor".
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"Presidente, o país precisa de afeto. As imputações que estão sendo feitas contra sua administração e sua pessoa são muito sérias. Rir nesse momento não é risada de alívio, é de temor porque a Justiça vem pelos homens e pela Justiça divina", completou.
O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), concluiu a leitura do relatório final da comissão. Sem citar nomes, o relator afirmou que as instituições vão precisar aceitar o "contexto e as recomendações" que constam no documento.
"A história não perdoa os omissos e responsabilizará os covardes", afirmou.
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O relatório será entregue na próxima semana ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que vai decidir quais medidas irá tomar em relação a autoridades com foro privilegiado, incluindo o presidente Jair Bolsonaro.
Renan disse que a comissão é "histórica, exemplar e com muitos legados para a sociedade". Ressaltou que a CPI foi um contraponto ao governo federal, que ele descreve como uma "catedral da morte", que adotava o obscurantismo em contraste com a ciência.
"Esse trabalho coletivo silenciou um coro demoníaco, vindo de uma catedral da morte, sediada pelo governo federal, geraram uma necrópole aterradora marcada pelo desprezo a vida, escárnio com a dor de mais de 600 mil famílias", afirmou
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O relator também afirma que a CPI obrigou o governo a adquirir vacinas contra a Covid-19
"A comissão obrigou o governo a abandonar a inação e o negacionismo para correr atrás de vacinas que, lá atrás, boicotou. São vidas preservadas, ainda que tenhamos uma das maiores letalidades do mundo pela incúria do governo", afirmou.
"Esse é o nosso maior legado. Vidas. A queda de infecções, mortes e hospitalização é consequência direta da imunização. Esse é o nosso maior legado: vidas. A queda de infecções, mortes e hospitalizações é consequência direta da imunização", afirmou.
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O relator também afirmou que em nenhum momento a comissão se deixou afetar pelas eleições presidenciais do próximo ano. Ao final, Renan foi aplaudido pelos outros membros da comissão.
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