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Nesta terça-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro (PL) distorceu recomendação feita pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
07/12/2021 às 14:21 atualizado em 07/12/2021 às 14:26
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Jair Bolsonaro | Reprodução/Redes Sociais
O presidente Jair Bolsonaro (PL) distorceu uma recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta terça-feira (7), ao dizer que ela "quer fechar o espaço aéreo".
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"De novo, porra? De novo vai começar esse negócio?", questionou o presidente, exaltado, diante de uma plateia de empresários num evento da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
"Ah, o ômicron. Vai ter um montão de vírus pela frente, um montão de variante pela frente, talvez. Peço a Deus que esteja errado, mas temos que enfrentar", completou o chefe do Executivo.
Com o avanço da variante de preocupação, como a classificou a OMS (Organização Mundial da Saúde), a Anvisa propôs restringir a entrada de passageiros de voos de dez países da África -a nova cepa do coronavírus foi identificada pela primeira vez na África do Sul.
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O governo Bolsonaro já aceitou a restrição a seis países: a própria África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Falta deliberar sobre Angola, Maláui, Moçambique e Zâmbia. A agência pede que o governo impeça a entrada de passageiros que estiveram nos últimos 14 dias nessas nações.
Além disso, a Anvisa propõe a adoção do passaporte da vacina ou quarentena de cinco dias e testes de RT-PCR.
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Bolsonaro voltou a dizer que quem toma a vacina pode contrair, transmitir e "morrer também" por causa do coronavírus.
A imunização reduz as chances de que a pessoa desenvolva casos graves da doença. Bolsonaro diz que não se vacinou até hoje.
"Ao que tudo indica, tem a vacina que está aí, tem a imunidade de rebanho, que está aí, [então] estamos chegando no final dessa pandemia. Peço a Deus que estejamos todos certos nesse momento", afirmou no evento da CNI.
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Quando os primeiros casos de Covid surgiram, cientistas calcularam que essa imunidade coletiva, ou de rebanho, poderia ocorrer quando cerca de 70% de uma população estivesse protegida. A variante delta, mais contagiosa, alterou esse quadro, e muitos especialistas consideram que a imunidade de rebanho se tornou impossível.
O presidente deve se reunir com Queiroga (Saúde) e Ciro Nogueira (Casa Civil) na tarde desta terça-feira para discutir a cobrança de certificado de vacinação de quem entra no Brasil.
O ministro da Saúde deve defender a sugestão da Anvisa. Como revelou a Folha de S.Paulo, a agência apresentou em 12 de novembro a proposta de adotar o passaporte vacinal, mas Bolsonaro é contra.
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