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O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, estava na Embaixada do Equador em Londres e foi preso nesta quinta-feira | / Reprodução TV Globo
Após a prisão de Julian Assange nesta quinta-feira em Londres, o advogado dele no Equador, Carlos Poveda, disse que seu cliente não teve o direito de se defender e que a vida dele estará em risco se ele for extraditado para os EUA.
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Assange, que passou sete anos asilado na embaixada do Equador no Reino Unido, já disse em entrevistas que teme ser assassinado na prisão nos Estados Unidos.
O ex-presidente do Equador, Rafael Correa, que havia concedido o asilo a ele em 2012, criticou duramente a detenção e seu sucessor, Lenín Moreno.
"O maior traidor da história equatoriana e latino-americana, Moreno permitiu que a polícia britânica entrasse na nossa embaixada em Londres. Moreno é um corrupto, mas o que fez é um crime que a humanidade nunca esquecerá", tuitou Correa, que hoje vive na Bélgica.
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O ex-presidente afirmou que Moreno entregou Assange por "uma questão pessoal", "por vingança porque o WikiLeaks publicou os Papéis INA, o grave caso de corrupção no qual está envolvido Moreno".
Os Papéis Ina, divulgados recentemente pelo WikiLeaks, são informes que apontam para um esquema de corrupção ligando Moreno a uma empresa offshore no Panamá. O presidente nega qualquer malfeito.
Mais cedo, ele tuitou que o Equador "decidiu soberanamente retirar o asilo diplomático a Julian Assange por violar reiteradamente convenções internacionais e protocolo de convivência".
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Ele disse ter pedido ao Reino Unido garantias de que o fundador do Wikileaks não seja deportado para um país onde possa ser alvo de tortura ou de pena de morte. "O governo do Reino Unido confirmou isso por escrito, de acordo com suas regras", afirmou Moreno.
O ministro britânico do Interior, Sajid Javid, agradeceu a cooperação do Equador e disse que "ninguém está acima da lei".
Outro advogado do fundador do WikiLeaks disse que jornalistas do mundo todo deveriam ficar preocupados com a detenção. "As alegações factuais contra o sr. Assange prejudicam [o jornalista a] encorajar uma fonte a passar informação e os esforços para proteger a identidade dessa fonte", disse Barry Pollac. (FP)
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