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Fiscalização aponta falhas graves em hospitais

Trabalho coordenado pelo CFM em 506 hospitais públicos e privados encontrou lotação e falta de equipamentos básicos

NELY

Publicado em 10/05/2019 às 01:00

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Hospitais foram selecionados aleatoriamente; a ideia era ter um mapa das condições de assistência / /Adriano Vizoni/Folhapress

Uma fiscalização feita por conselhos federais de medicina em 506 hospitais encontrou problemas como superlotação em unidades de internação, falta de equipamentos básicos e até mesmo de macas com suporte de oxigênio para o caso de piora do quadro clínico.

O trabalho, feito em 2017 e 2018, foi coordenado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), que elaborou manual para guiar as inspeções.

Segundo o conselho, foram analisados hospitais públicos e privados, em amostra selecionada de forma aleatória visando abranger unidades com diferentes números de leitos e perfis de atendimento. A ideia era ter um mapa das condições de assistência nestes locais.

De 102 salas cirúrgicas existentes nestes hospitais e que passaram pela fiscalização, cerca de um terço não tinha um foco cirúrgico com bateria, equipamento usado para iluminar a área a ser operada e que teria a possibilidade de manter a luz no ambiente no caso de uma queda de energia, por exemplo.

"Isso significa dizer que, se faltar energia, a sala fica no escuro e a cirurgia vai ser interrompida", afirma Emmanuel Fortes, coordenador do departamento de fiscalização do CFM.

Também foram encontrados problemas como falta de negatoscópio, usado para leitura de radiografias (situação encontrada em 22% das salas de cirurgias), e de fontes fixas de oxigênio e óxido nitroso, usado em procedimentos anestésicos. Além disso, uma em cada dez salas cirúrgicas visitadas não tinha equipamentos como fio guia, usado para facilitar a colocação de instrumentos como cateteres, e pinça condutora -ambos considerados obrigatórios pelas normas atuais.

Em 3% das salas, não havia área para higienização das mãos, algo considerado uma falta grave, devido ao risco de infecção hospitalar. Cerca de 28% dos centros cirúrgicos também não tinham uma sala de recuperação pós-anestesia, o que fere as normas do setor. (FP)

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