Publicidade

X

Brasil

Maduro anuncia fechamento total da fronteira com o Brasil

AJUDA. Anúncio vem dois dias antes da data marcada por opositores para a entrada da ajuda humanitária

ALINE

Publicado em 22/02/2019 às 01:00

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Publicidade

O ditador Nicolás Maduro afirmou que fecharia totalmente a fronteira com o Brasil a partir das 20h desta quinta-feira / /ARIANA CUBILLOS/ASSOCIATED PRESS

O ditador Nicolás Maduro afirmou que fecharia totalmente a fronteira com o Brasil a partir das 20h desta quinta-feira. O anúncio foi feito durante uma videoconferência com representantes de forças militares das oito regiões venezuelanas.

Em uma operação coordenada com os EUA, o governo Jair Bolsonaro vai permitir o uso de território brasileiro para que opositores do ditador Nicolás Maduro tentem levar ajuda humanitária à Venezuela em 23 de fevereiro.

Segundo o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, Bolsonaro determinou que o Brasil dê apoio logístico para que caminhões conduzidos por venezuelanos da oposição busquem mantimentos em Pacaraima e Boa Vista,
em Roraima.

Maduro também avalia o fechamento total da fronteira com a Colômbia. O anúncio vem dois dias antes da data marcada por opositores para a entrada da ajuda humanitária enviada pelos EUA. O principal local de envio de ajuda é a cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela. Os produtos foram enviados à cidade por aviões dos EUA. Reconhecido como presidente interino por 50 países, o líder oposicionista Juan Guaidó viajou nesta quinta para Cúcuta para pedir a entrada na Venezuela de ajuda humanitária enviada pelos norte-americanos.

O ditador venezuelano realizou no início da tarde desta quinta uma videoconferência com a Equipe Nacional das Forças Armadas (FAN) e os Comandantes do REDI para verificar a prontidão operacional de todas as unidades
militares do país.

Maduro também culpou o presidente colombiano, Iván Duque, por qualquer incidente de violência que possa ocorrer na fronteira venezuelana. A Venezuela vive a pior crise política e econômica de sua história, com grave escassez de remédios e hiperinflação. Segundo a ONU, desde 2015, cerca de 2,3 milhões de venezuelanos fugiram do país.

Guaidó prepara manifestações em todo o país no sábado (23). Voluntários prometem ir em comboios até a fronteira, em busca de toneladas de medicamentos vindos da Colômbia, Brasil e Curaçao.

Maduro também reafirmou a decisão de suspender o tráfico aéreo e marítimo com Curaçao, onde está armazenada ajuda enviada a partir de Miami. Segundo ele, a medida foi tomada porque Curaçao "estava preparando uma provocação" com a anuência do governo da Holanda.

"Mais vale prevenir que lamentar. Tomem todas as medidas de asseguramento e proteção até um novo aviso, porque as provocações têm de ser trabalhadas com tempo para que sejam desmontadas", disse Maduro aos militares. (FP)

Apoie a Gazeta de S. Paulo
A sua ajuda é fundamental para nós da Gazeta de S. Paulo. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós da Gazeta de S. Paulo temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para a Gazeta de S. Paulo continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

Deixe a sua opinião

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Estado

Asfalto afunda e prende avião na pista do aeroporto de Congonhas

Os passageiros tiveram que desembarcar do avião, que estava prestes a decolar e a aeronave teve de ser rebocada

Estado

'Prefeitos da Região são reféns do baixo efetivo policial', afirma Caio Matheus

Segundo o prefeito de Bertioga, a Administração faz o seu papel de reforçar segurança, mas as medidas precisam partir do Estado e da União

©2021 Gazeta de São Paulo. Todos os Direitos Reservados.

Layout

Software