Brasil
ações. Ministra defende que escolas ensinem meninos a levarem flores e abrirem a porta do carro para mulheres
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, em evento do Dia da Mulher / /Wilson Dias/Agência Brasil
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, defendeu na sexta-feira que o governo adote ações nas escolas para ensinar meninos a levarem flores e abrirem a porta do carro para as mulheres.
"Enquanto nossos meninos acharem que menino é igual à menina, como pregou-se no passado algumas ideologias, já que a menina é igual, ela aguenta apanhar", afirmou no Dia Internacional da Mulher. "Nós vamos dizer para eles que as meninas são iguais em oportunidade e direitos, mas diferentes fisicamente e precisam ser amadas."
Ela defendeu que sejam adotadas ações nas escolas para "ensinar meninos a amar a respeitar as meninas
no Brasil". "Vamos ensinar nossos meninos na escola a levar flores para as meninas, por que não? A abrir porta do carro para a mulher, por que não? A se reverenciar para a mulher, por que não? Não vamos estar dessa forma colocando a mulher em situação de fragilidade, mas elevar a mulher para um patamar de ser especial, pleno e extraordinário. E é isso que queremos fazer na escola."
A declaração ocorreu durante evento em alusão ao Dia Internacional da Mulher e foi feita no momento em que ganha força a visão da data não como uma oportunidade de dar uma flor à mulher, mas de discutir questões como desigualdade de gênero.
Mais tarde, após críticas a suas falas, Damares disse no Twitter saber que medidas como dar flores e abrir a porta não resolvem o problema.
"É claro esse ato isolado não resolve o problema e tampouco é isso que proponho. Mas ensinar o respeito desde que todos são bem pequenos é fundamental. Precisamos resgatar valores que são caros à família", escreveu.
No evento comemorativo, a ministra assinou um acordo de cooperação técnica com o ministro Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, para tentar aumentar o uso de equipamentos como tornozeleiras eletrônicas e botão do pânico na prevenção de casos de violência doméstica.
Apesar da medida, a ministra defendeu que sejam buscadas outras iniciativas. "Vamos ver onde a rede de proteção está errando. Não adianta ter excelente delegacia para a mulher se a vara de proteção não está funcionando. Não adianta ter tornozeleira se a rede de proteção não está funcionando", afirmou.
BELEZA.
Ainda no evento, o governo lançou a campanha "Salve uma mulher", que visa orientar profissionais de beleza a identificarem sinais de violência contra as mulheres.
O maquiador Agustin Fernandez, que ficou conhecido por vídeos em apoio a Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral, é parceiro no projeto. Em vídeo sobre a campanha, ele cita a divulgação de tutorias para que profissionais observem possíveis marcas de agressões.
Mais cedo, pouco antes da cerimônia, o governo fez um evento fechado para funcionárias do Palácio do Planalto em comemoração ao Dia da Mulher.
(FP)
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