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Mais de 80% dos municípios de SP estão sob o risco de não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal

Segundo economista, os impactos causados pela pandemia mais aos da guerra entre Rússia e Ucrânia intensificaram a crise econômica do Brasil

Da Reportagem

Publicado em 20/06/2022 às 13:16

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Tribunal de Contas do Estado / Divulgação TCE/SP

Arrecadação abaixo do previsto ou indícios de comprometimento da gestão orçamentária fez acender o sinal de alerta para 85% dos municípios paulistas, de acordo com comunicado publicado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), no início do mês. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, tanto uma situação quanto a outra configura improbidade administrativa e crime de responsabilidade, tornando os gestores sujeitos a penas e, inclusive, pagamento de multas.

Para o economista Walter Penninck Caetano, diretor da Conam -- Consultoria em Administração Municipal, os impactos causados pela pandemia mais aos da guerra entre Rússia e Ucrânia intensificaram a crise econômica do Brasil, que também é agravada pelo nosso cenário político. "A verdade é que os prefeitos ainda terão muito trabalho pela frente e precisarão ser eficientes no enfrentamento das raízes dos problemas econômicos e financeiros que enfrentam", diz o economista.

Para Caetano, no entanto, há também velhos problemas de gastos correntes excessivos que ainda não foram devidamente encarados, e a evolução das receitas não acompanha. "Fundamentalmente, são gastos com pessoal e uma previdência municipal em franco desequilíbrio requerendo aportes crescentes por parte do tesouro local, comprometendo a entrega de serviços e de investimentos aos cidadãos", explica o economista da Conam.

Para ele, no entanto, dada a diversidade de condições dos nossos municípios, como a posição geopolítica e econômica, a inserção no plano regional e as características físicas e sociais, fica difícil enumerar as medidas que cada gestor deve adotar para chegar a uma solução. "A base é conhecer com profundidade sua realidade por meio de um diagnóstico bem elaborado para só então formular as políticas mais adequadas", conclui o economista.

As contas analisadas pelo TCESP são referentes ao primeiro bimestre de 2022.

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