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Apesar da recente troca de farpas, o clima entre Bolsonaro e Doria foi ameno; os dois ficaram lado a lado e trocaram cochichos | /Bruno Rocha /Fotoarena/Folhapress
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi recebido aos gritos de "mito" na formatura de sargentos da Polícia Militar em São Paulo, na manhã desta sexta-feira, o governador paulista João Doria (PSDB) foi alvo de vaias da plateia formada por familiares dos formandos.
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É a primeira vez que os dois dividem o palco após intensa troca de farpas, numa antecipação da eleição de 2022, quando ambos pretendem concorrer à Presidência.
No mês passado, Bolsonaro afirmou à "Folha de S. Paulo" que Doria é uma "ejaculação precoce". Já o governador passou a dizer que não é bolsonarista, embora tenha adotado o mote "Bolsodoria" para se eleger no segundo turno da eleição no ano passado.
Dias antes, Bolsonaro havia acusado o tucano de ter "mamado nas tetas do BNDES" no governo do PT, em referência à compra de jatinho a juros subsidiados do banco. Doria rebateu afirmando que nunca precisou mamar em "teta nenhuma".
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Nesta sexta-feira, em discurso, Doria saudou Bolsonaro e buscou uma posição de alinhamento ao governo federal. "Fiz questão de estar aqui presente para mostrar ao presidente que o estado de São Paulo é parceiro das boas ações do Brasil. [...] Nós estamos alinhados com todas as boas iniciativas do governo federal", disse.
Doria foi vaiado em diversas ocasiões, incluindo o início do discurso, mas terminou aplaudido - ainda que em intensidade menor do que Bolsonaro.
"Quero voltar a repetir: em São Paulo não fazemos oposição ao Brasil", disse o tucano. O governador chegou a ser interrompido por aplausos quando citou Bolsonaro e também houve entusiasmo da plateia quando ele elogiou a PM de São Paulo.
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O presidente em seu discurso, por sua vez, exaltou sua fala na ONU e atacou a esquerda. Foi aclamado aos gritos de "mito". Apesar da recente troca de farpas, o clima no palco entre Bolsonaro e Doria foi ameno. Os dois ficaram lado a lado e trocaram cochichos. (FP)
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