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Durante confusão, boa parte dos jovens entrou em duas vielas da comunidade, uma delas sem saída | /REPRODUÇÃO/GOOGLE STREET VIEW
Testemunhas afirmaram que policiais militares impediram o socorro das vítimas do tumulto ocorrido após a chegada da PM no baile funk na comunidade de Paraisópolis, na zona sul da Capital, na madrugada de domingo, quando nove pessoas morreram e 12 foram hospitalizadas após serem pisoteadas. As informações são da "TV Globo".
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Os moradores que tentaram socorrer as vítimas foram ameaçados pelos PMs, de acordo com relatos à emissora.
"Quando a gente chegava perto, eles vinham com a arma para cima, tanto que chegaram até perto da minha porta. 'É pra ficar aqui embaixo, não é pra subir'. A gente falava que queria salvar os que estavam lá. 'Não é pra salvar ninguém'", segundo uma moradora não identificada por questão de segurança.
Durante a confusão, boa parte dos jovens entrou na viela Três Corações, que não tem saída, e na Viela do Louro, localizada a poucos metros de distância, onde ocorreu a maioria das mortes.
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A "TV Globo" também mostrou que houve um chamado ao Samu para atender as vítimas, mas foi cancelado por um soldado dos bombeiros chamado Julio sob a alegação de que as vítimas já tinham sido atendidas pelos PMs.
AGRESSÕES.
O policial militar que aparece agredindo jovens com uma barra em Paraisópolis foi afastado do policiamento de rua nesta terça, segundo o setor de comunicação social da corporação. Um Inquérito Policial Militar, de abuso de autoridade, foi instaurado para investigar a conduta do agente. A defesa do PM não havia sido encontrada até a publicação desta reportagem.
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A PM, no entanto, afirma que as imagens são de 19 de outubro e não da madrugada do último domingo (1), quando nove jovens acabaram mortos.
Uma adolescente que participou do baile funk de domingo e que viu as gravações feitas por celular, porém, rebateu a PM e afirmou ao "Agora" que as imagens são do pancadão do fim de semana passado.
O tenente-coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, disse que o policial que agride os jovens, segundo as imagens, já foi identificado e afastado do policiamento. "Verificamos que as imagens foram gravadas em Paraisópolis, no dia 19/10, não guardando, portanto, nenhuma relação com o ocorrido no último fim de semana", afirmou o porta-voz da corporação.
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Seis policiais militares estão afastados dos serviços operacionais enquanto a morte dos nove jovens é investigada pela Polícia Civil e pela Corregedoria da PM. O caso foi encaminhado do 89º DP (Portal do Morumbi) para o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), também
nesta terça-feira.
A PM confirmou o afastamento dos seis policiais na segunda-feira (2), porém, usando o termo "preservados" aos policiais que ficarão fora das ruas. (GSP/FP)
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