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DE OLHO NO PODER

Arthur do Val faz o contrário do que disse à Gazeta

Os fatos da cidade de São Paulo na visão do jornalista Bruno Hoffmann

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Publicado em 09/12/2019 às 11:48

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Flavio Corvello/Futura Press

“Cruzo todos os dias aqui com parlamentares de esquerda, todos os dias, e a gente não sai no tapa, não sai se xingando”. A afirmação foi dada pelo deputado estadual Arthur do Val (sem partido) a este colunista em entrevista publicada pela Gazeta em 30 de novembro. Na mesma entrevista fez mea culpa por ter chamado colegas de “vagabundos” em junho: “Errei com as palavras, não deveria ter falado aquilo”. Cinco dias depois, porém, o deputado foi pivô de uma quase pancadaria na Assembleia Legislativa de São Paulo após chamar sindicalistas contra a reforma da previdência de “vagabundos” por 10 vezes. Segundo a comissão de ética da Casa, a reincidência do deputado poderá lhe causar advertência, afastamento ou até cassação.

Ameças e mordida.
O deputado estadual Teonilio Barba (PT) foi o primeiro a subir ao plenário para tirar satisfação com Arthur do Val. A confusão generalizada teve direito a empurra-empurra, punhos cerrados estilo Street Fighter e e até mordidas de Luiz Fernando (PT) em Heni Ozi Cukier (Novo). O deputado do Novo usou as redes sociais para mostrar as marcas dos dentes do petista em seu ombro. “Democracia se faz no diálogo, não no soco e na gritaria”, se lamentou. Teonilio Barba anunciou que vai pedir a cassação de Arthur do Val. “É inaceitável o comportamento dele de chamar os servidores de vagabundos”, disse o petista. “Eu não encostei em ninguém”, se justificou Arthur do Val.

Sessão da tarde.
Durante a CPMI das Fake News, em Brasília, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) fez graça com a confusão ocorrida na Alesp minutos antes: “Se vocês acham que aqui está quente, lá na Alesp saiu uma pancadaria de soco. O pau comeu lá violentamente. Aqui [em comparação à Alesp] está a Sessão da Tarde”. Ele também levou um bolo à sessão, para “comemorar” um ano da revelação do caso Queiroz.

Mais dinheiro.
Mesmo anunciando que está com dinheiro em caixa para tocar as principais obras da cidade, a Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), pediu autorização para a Câmara para contratar um empréstimo de R$ 1,2 bilhão. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa aprovou o empréstimo. Três vereadores votaram contra: Caio Miranda Carneiro (PSB), Celso Jatene (PL) e Reis (PT). “Com dinheiro em caixa, a prefeitura envia um projeto para pegar mais dinheiro emprestado. Por isso, não podemos concordar com a iniciativa”, afirmou Reis.

Baile funk.
O deputado estadual Douglas Garcia (PSL) lamentou as mortes, mas disse que a Polícia Militar foi criticada injustamente após a ação que tirou a vida de nove jovens em Paraisópolis. Ele mostrou a foto de um PM que teve o braço quebrado ao tentar evitar um baile em São Vicente, no litoral paulista, e aproveitou para criticar o funk: “Virou expressão artística se comportar como se fosse um selvagem?”, perguntou o parlamentar.

“A letalidade não foi provocada pela PM, e sim por bandidos que invadiram a área”
Declaração de João Doria após ação da PM que deixou 9 mortos em Paraisópolis; dias depois voltou atrás e orientou a polícia a rever protocolos.

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