Seguranças são agredidos por ambulantes na linha 5-lilás do metrô de SP

Três seguranças do metrô ficaram feridos após serem agredidos por ao menos dez vendedores ambulantes, no início da tarde desta quinta-feira (16), na linha 5-lilás, na região do terminal de ônibus que dá acesso à estação Capão Redondo (zona sul da capital paulista).

A confusão começou após os agentes apreenderem mercadorias comercializadas irregularmente na estação. A quantidade de produtos não foi informada. Nenhum suspeito havia sido preso até a publicação desta reportagem.

Este é o segundo caso em menos de uma semana em que seguranças são agredidos por camelôs, após apreensão produtos vendidos ilegalmente. No sábado (11), cinco agentes da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) ficaram feridos após serem agredidos com pedradas, que teriam sido jogadas por vendedores ambulantes na estação Pirituba da linha 7-rubi.

No caso desta quinta, segundo imagens feitas por um celular, ao menos dez pessoas encurralam três seguranças do metrô, que tentam se defender usando cassetetes.

Parte dos agressores seguram pedaços de madeira, recolhidas no próprio local onde ocorreu a confusão. Ainda segundo as imagens, um dos agentes cai no chão após ser agredido. Ele é amparado por um colega. É possível ver o segurança com a mão na cabeça, indicando que foi ferido.

Durante as agressões, é possível ouvir uma voz feminina gritar "chama reforço". Em seguida, um homem afirma aos gritos "quis [seguranças] dar de machão, agora pega aí [a agressão]."

Em um momento do vídeo, é possível ver um homem dando uma voadora um dos seguranças.

Os agentes recuam e são seguidos pelo bando de agressores, composto por homens e mulheres. A Polícia Militar foi acionada para dar apoio.

Resposta

A VIaMobilidade, concessionária que administra a linha 5-lilás, afirmou que os três seguranças ficaram feridos, mas não deu informações sobre o estado de saúde deles.

A concessionária acrescentou que registrou um boletim de ocorrência do caso na Delpom (Delegacia do Metropolitano).

A empresa reforça que vender produtos nas estações, sem autorização da administração do sistema, "é irregular", além de ser amparada pelo Regulamento dos Transportes Ferroviários. "É vedada a negociação ou comercialização de produtos e serviços no interior dos trens, nas estações e instalações, exceto aqueles devidamente autorizados pela Administração Ferroviária", diz trecho de nota.