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Ruas vazias em Sp | Mineto/Futura Press/Folhapress
A cidade de São Paulo se transformou nesta semana. As ruas estão vazias, o comércio, quase inexistente. Trânsito e buzinaços não fazem mais parte da paisagem da metrópole. A quarentena imposta pela prefeitura e pelo governo do Estado devido à pandemia do novo coronavírus mudou a rotina e os hábitos da maior cidade do País.
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Primeiro, a gestão Bruno Covas (PSDB) determinou o fechamento do comércio, com exceção dos serviços essenciais, até 5 de abril. Desde terça-feira (24) está em vigor a quarentena decretada pelo governador João Doria (PSDB), válida até 7 de abril, podendo ser prorrogada. A intenção é deixar o maior número de pessoas em casa para conter o avanço do coronavírus e, com isso, evitar um colapso no sistema de saúde do Estado.
O isolamento já começa a dar resultados. “Nós éramos praticamente 90% dos casos do Brasil; agora, nós somos 30%”, explicou José Henrique Germann, secretário estadual da Saúde. Um levantamento de um professor da USP indica que o distanciamento social diminuiu a taxa de crescimento dos casos de coronavírus no Estado nesta semana.
O infectologista David Uip prevê o pico da epidemia no País entre abril e maio. “Se as pessoas não entenderem que o confinamento neste momento é importante, nós vamos ter uma subida rápida do pico de doentes e isto vai ter repercussão em todo o sistema”, disse o médico em um grupo de Whatsapp.
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Neste momento, 3 bilhões de pessoas em cerca de 160 países convivem sob medidas de confinamento em algum grau devido à Covid-19, segundo a ONU. O isolamento social ainda é a medida mais eficiente para evitar “uma pandemia de proporções apocalípticas”, como escreveu Antonio Guterres, secretário-geral da ONU.
Câmara aprova auxílio emergencial de R$ 600
Como um socorro ao período de quarentena, a Câmara aprovou na quinta-feira (26) a criação de um auxílio emergencial de R$ 600 por três meses aos trabalhadores sem carteira assinada. A mulher que for mãe e chefe de família poderá receber R$ 1.200."Foi uma grande vitória do parlamento e do diálogo, mas principalmente dos brasileiros", afirmou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O texto seguirá para votação do Senado.
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No âmbito estadual, a gestão Doria vai repassar uma ajuda de custo de R$ 55 para alimentação das famílias de 700 mil alunos da rede pública estadual que vivem em situação de extrema pobreza. "O valor é suficiente para comprar uma cesta básica", justificou Doria.
Na Capital, um projeto de lei do Executivo quer permitir que a administração renegocie contratos com a as empresas terceirizadas para manter os pagamentos, mesmo sem o serviço prestado, para garantir os empregos dos funcionários.
Para os moradores de rua - que, por motivos claros, não podem cumprir a quarentena -, a gestão Covas anunciou a instalação de 10 pias no centro para permitir a higienização das mãos e a criação de 400 novos abrigos emergenciais, com beliches mais distantes entre si.
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Câmara de SP e Alesp discutem ações
Na Câmara de SP, a orientação é que os vereadores votem apenas projetos relacionados ao coronavírus, que serão deliberados por sistema virtual. Na quarta-feira (25), a Casa aprovou por unanimidade a utilização pela prefeitura de recursos que estão parados em fundos municipais para investir em ações de enfrentamento à Covid-19. A estimativa é liberar aproximadamente R$ 1,5 bilhão.
Já na Alesp, os parlamentares aprovaram três projetos que autorizam a decretação de calamidade pública no Estado, para que o Executivo tenha mais autonomia para aplicar os investimentos.
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Vacinação contra gripe é voltada a idosos
Iniciada na última segunda (23), a vacinação contra a gripe permanece na Capital. A campanha é voltada neste primeiro momento a idosos e profissionais da saúde. A vacina contra a gripe não tem eficácia contra o coronavírus. Porém, de acordo com o Ministério da Saúde, será importante para auxiliar profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para a Covid-19.
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