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Cotidiano

Cidade de São Paulo perde 106 agências bancárias no período de um ano

Presidente do Sindicato dos Bancários diz que os empresários do setor descumpriram acordo de não demitir durante a pandemia da Covid-19

Bruno Hoffmann

17/08/2021 às 11:27

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A cidade de São Paulo perdeu 106 agências bancárias entre junho de 2020 e junho de 2021

A cidade de São Paulo perdeu 106 agências bancárias entre junho de 2020 e junho de 2021 | /Marcelo Camargo/Agência Brasil

A cidade de São Paulo perdeu 106 agências bancárias entre junho de 2020 e junho de 2021. No período houve ainda a redução de 92 postos de trabalho. As informações são do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

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A pedido da Gazeta, o sindicato informou que em junho de 2020 havia 2.055 agências bancárias abertas na cidade, e esse número caiu para 1.949 em junho deste ano. Hoje, há 132 mil postos de trabalho para bancários na Capital e nos municípios do entorno de Osasco.

Segundo Ivone Silva, presidente da entidade, o cenário é semelhante em todo o Brasil. "Os bancos extinguiram mais de 11 mil empregos entre março de 2020 e junho de 2021 no País, durante a pandemia do novo coronavírus. Isso mostra que os bancos, apesar de terem se comprometido com o movimento sindical em não demitir durante a pandemia, descumpriram o acordo e desligaram milhares de trabalhadores, em uma das maiores crises sanitárias e econômicas”, afirma ela.

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Ela também explica que, além de causar desemprego, o fechamento de agências bancárias acarreta no descumprimento da função do sistema financeiro estipulada em lei, “que determina que os bancos devem garantir o atendimento e a oferta de serviços bancários para todos e em todo o País”. A informatização dos serviços é a justificativa principal dos bancos para o fechamento das agências físicas.

"Os cinco maiores bancos do país [Bradesco, Santander, Itaú, Caixa e Banco do Brasil] somaram R$ 26,4 bilhões de lucro líquido só no primeiro trimestre. Investem em ferramentas de atendimento eletrônico, pela internet, mas a pandemia nos mostrou que esta não é a realidade do País. Isso porque muita gente não apenas prefere como precisa do atendimento presencial”, afirmou.

De acordo com a coluna de Pedro Nastri, na Gazeta, o fechamento de agências bancárias se tornou uma realidade com o avanço da digitalização do setor e avanço dos bancos digitais. Em um ano, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander fecharam 1.647 agências físicas, segundo dados divulgados nos balanços do segundo trimestre das empresas.

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Com menos postos de trabalho, logo vieram as demissões: o Banco do Brasil demitiu quase 7 mil funcionários, o Bradesco, 9,4 mil. Itaú e Santander contrataram 810 e 78 colaboradores, respectivamente. No período, o saldo foi de 15.493 demissões nesses bancos. Na contramão deste movimento, a Caixa Econômica Federal aposta na abertura de agências e de vagas.

Outro lado

De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a decisão de fechar um posto de atendimento é tomada pelos bancos individualmente com base em estratégias de negócio. "Os bancos estão adequando suas estruturas à nova realidade do mercado, em que a utilização dos canais digitais de atendimento vem ganhando espaço em detrimentos dos canais físicos e presenciais", diz a nota enviada à Gazeta.

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A entidade afirma também que o número de agências em operação tem se mantido estável ao longo dos últimos anos. Na comparação entre 2019 e 2020, último dado disponível, diz a nota, o número de postos de atendimento variou de 38,2 milhões para 38,1 milhões.

Leia a nota completa da Febraban:

"A decisão abrir ou fechar um posto de atendimento é tomada pelos bancos individualmente com base na respectiva estratégia de negócio. De acordo com a última edição da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária, o número de agências em operação no Brasil tem se mantido estável ao longo dos últimos anos. Na comparação entre 2019 e 2020, último dado disponível, o número de postos de atendimento variou de 38,2 milhões para 38,1 milhões.

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Os bancos estão adequando suas estruturas à nova realidade do mercado, em que a utilização dos canais digitais de atendimento vem ganhando espaço em detrimentos dos canais físicos e presenciais.

Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária aponta que o total de contas ativas no mobile banking – conta com alguma movimentação nos últimos seis meses- mais que dobrou, passando de 92,4 milhões para 198,2 milhões no ano passado.

O mesmo levantamento mostra que as transações realizadas no mobile banking representaram mais da metade (51)% do total das operações feitas no país. O número de transações feitas pelo celular chegou a 52,9 bilhões, ante 37 bilhões no ano anterior".

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