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A cidade de São Paulo perdeu 106 agências bancárias entre junho de 2020 e junho de 2021 | /Marcelo Camargo/Agência Brasil
A cidade de São Paulo perdeu 106 agências bancárias entre junho de 2020 e junho de 2021. No período houve ainda a redução de 92 postos de trabalho. As informações são do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
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A pedido da Gazeta, o sindicato informou que em junho de 2020 havia 2.055 agências bancárias abertas na cidade, e esse número caiu para 1.949 em junho deste ano. Hoje, há 132 mil postos de trabalho para bancários na Capital e nos municípios do entorno de Osasco.
Segundo Ivone Silva, presidente da entidade, o cenário é semelhante em todo o Brasil. "Os bancos extinguiram mais de 11 mil empregos entre março de 2020 e junho de 2021 no País, durante a pandemia do novo coronavírus. Isso mostra que os bancos, apesar de terem se comprometido com o movimento sindical em não demitir durante a pandemia, descumpriram o acordo e desligaram milhares de trabalhadores, em uma das maiores crises sanitárias e econômicas”, afirma ela.
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Ela também explica que, além de causar desemprego, o fechamento de agências bancárias acarreta no descumprimento da função do sistema financeiro estipulada em lei, “que determina que os bancos devem garantir o atendimento e a oferta de serviços bancários para todos e em todo o País”. A informatização dos serviços é a justificativa principal dos bancos para o fechamento das agências físicas.
"Os cinco maiores bancos do país [Bradesco, Santander, Itaú, Caixa e Banco do Brasil] somaram R$ 26,4 bilhões de lucro líquido só no primeiro trimestre. Investem em ferramentas de atendimento eletrônico, pela internet, mas a pandemia nos mostrou que esta não é a realidade do País. Isso porque muita gente não apenas prefere como precisa do atendimento presencial”, afirmou.
De acordo com a coluna de Pedro Nastri, na Gazeta, o fechamento de agências bancárias se tornou uma realidade com o avanço da digitalização do setor e avanço dos bancos digitais. Em um ano, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander fecharam 1.647 agências físicas, segundo dados divulgados nos balanços do segundo trimestre das empresas.
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Com menos postos de trabalho, logo vieram as demissões: o Banco do Brasil demitiu quase 7 mil funcionários, o Bradesco, 9,4 mil. Itaú e Santander contrataram 810 e 78 colaboradores, respectivamente. No período, o saldo foi de 15.493 demissões nesses bancos. Na contramão deste movimento, a Caixa Econômica Federal aposta na abertura de agências e de vagas.
Outro lado
De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a decisão de fechar um posto de atendimento é tomada pelos bancos individualmente com base em estratégias de negócio. "Os bancos estão adequando suas estruturas à nova realidade do mercado, em que a utilização dos canais digitais de atendimento vem ganhando espaço em detrimentos dos canais físicos e presenciais", diz a nota enviada à Gazeta.
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A entidade afirma também que o número de agências em operação tem se mantido estável ao longo dos últimos anos. Na comparação entre 2019 e 2020, último dado disponível, diz a nota, o número de postos de atendimento variou de 38,2 milhões para 38,1 milhões.
Leia a nota completa da Febraban:
"A decisão abrir ou fechar um posto de atendimento é tomada pelos bancos individualmente com base na respectiva estratégia de negócio. De acordo com a última edição da Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária, o número de agências em operação no Brasil tem se mantido estável ao longo dos últimos anos. Na comparação entre 2019 e 2020, último dado disponível, o número de postos de atendimento variou de 38,2 milhões para 38,1 milhões.
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Os bancos estão adequando suas estruturas à nova realidade do mercado, em que a utilização dos canais digitais de atendimento vem ganhando espaço em detrimentos dos canais físicos e presenciais.
Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária aponta que o total de contas ativas no mobile banking – conta com alguma movimentação nos últimos seis meses- mais que dobrou, passando de 92,4 milhões para 198,2 milhões no ano passado.
O mesmo levantamento mostra que as transações realizadas no mobile banking representaram mais da metade (51)% do total das operações feitas no país. O número de transações feitas pelo celular chegou a 52,9 bilhões, ante 37 bilhões no ano anterior".
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