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Bruno Camargo

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Leilões extrajudiciais: falhas recorrentes e os riscos para a segurança jurídica

Lei exige que seja garantida a publicidade do leilão e que o devedor, seja notificado pessoalmente da data, do horário e do local do evento

29/09/2025 às 16:35

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Em síntese, o leilão extrajudicial é mecanismo legítimo de execução de garantias, mas sua efetividade depende da estrita observância da lei

Em síntese, o leilão extrajudicial é mecanismo legítimo de execução de garantias, mas sua efetividade depende da estrita observância da lei | Frabrikasimf/Freepik

Os leilões extrajudiciais tornaram-se um instrumento cada vez mais utilizado para a recuperação de créditos e alienação de imóveis. Contudo, não raras vezes, eles são realizados com falhas graves, capazes de comprometer a validade do procedimento e gerar intensas disputas judiciais. 

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A lei exige que seja garantida a publicidade do leilão e que o devedor, seja notificado pessoalmente da data, do horário e do local do evento. A forma de divulgação está expressamente disciplinada pela Lei nº 9.514/97, que regula a alienação fiduciária – principal modalidade em que ocorrem esses leilões –, especialmente no art. 26, § 4º.

O descumprimento desse comando legal, seja pela falta de notificação pessoal, seja por publicidade deficiente, abre caminho para a nulidade do ato. Além disso, o desrespeito aos prazos legais constitui vício frequente. 

A lei fixa marcos temporais para cada fase, permitindo que o devedor exerça direitos como a purgação da mora. Quando tais prazos são abreviados, o certame perde a necessária segurança jurídica e torna-se alvo de impugnações. Outro ponto sensível é a realização do leilão por valor muito inferior ao de mercado.

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Um laudo de avaliação desatualizado ou mal elaborado pode induzir à arrematação por preço vil, ferindo o princípio da preservação do patrimônio e ensejando a anulação judicial.

Não menos problemáticos são os erros na descrição do imóvel ou falhas no laudo de avaliação. Inconsistências em metragens, omissão de benfeitorias ou informações técnicas imprecisas geram insegurança para os arrematantes e comprometem a transparência do processo.

Em síntese, o leilão extrajudicial é mecanismo legítimo de execução de garantias, mas sua efetividade depende da estrita observância da lei. 

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A atenção a esses pontos críticos não é apenas uma boa prática; trata-se de requisito fundamental para a proteção de credores, devedores e do próprio mercado imobiliário.
 

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