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Bruno Hoffmann

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Leci Brandão sai em defesa da Vai-Vai: 'Nenhuma instituição está acima da crítica'

'A crítica social é necessária na medida em que ela força as instituições a se autoavaliarem e melhorarem', disse a parlamentar

15/02/2024 às 20:03  atualizado em 15/02/2024 às 20:42

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A deputada estadual Leci Brandão

A deputada estadual Leci Brandão | José Antonio Teixeira/Alesp

A deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP) prestou solidariedade à Vai-Vai nesta quinta-feira. A escola de samba está no centro de uma polêmica após retratar policiais da Tropa de Choque como figuras demoníacas no desfile no último sábado (10), no Sambódromo do Anhembi.

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A parlamentar, em nota publicada pelas redes sociais, lembrou de um samba antigo de sua autoria que retratou a violência policial em bairros pobres e exaltou a sua aproximação com o movimento hip hop. “O medo, inclusive de agentes do Estado, sempre rondou as comunidades [...] Tenho dito, há anos, que o gênero musical que mais aborda a verdadeira realidade das periferias hoje no Brasil é o Rap”, escreveu ela.

A parlamentar disse que a Vai Vai é um “território historicamente preto e uma escola de samba tradicionalíssima”, e que a instituição está sofrendo ataques antidemocráticos por ter feito um desfile que homenageia o rap e que fala de violência policial.

“É preciso que as instituições brasileiras, sejam elas quais forem, aprendam a conviver com a Democracia! Nenhuma instituição ou agente público está acima da crítica. Aliás, a crítica social é necessária na medida em que ela força as instituições a se autoavaliarem e melhorarem”, disse a deputada.

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“Numa Democracia, a arte não tem que pedir licença para quem que seja. Se assim fosse, estaríamos novamente vivendo em uma ditadura”, completou.

Nunes repassa questão à Liga-SP

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse nesta quinta-feira que cabe à Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP), e não à gestão municipal, adotar possíveis medidas em relação à Vai-Vai.

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“A Prefeitura de São Paulo tem contrato com a Liga das Escolas de Samba, e não com as agremiações. As escolas seguem o regimento definido pela associação”, afirmou o emedebista, em nota.

O deputado federal Capitão Augusto e a deputada estadual Dani Alonso, ambos do PL, enviaram ofício ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ao prefeito pedindo que a Vai-Vai fique sem acesso a verbas públicas no próximo ano por “desrespeitar” policiais durante o desfile deste ano.

Ainda na nota, o prefeito afirmou que o ofício encaminhado pelos parlamentares será encaminhado para a Liga-SP pela Secretaria de Cultura. “Caberá então à associação verificar eventual descumprimento do regulamento interno”, finalizou.

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Entenda

No desfile da Vai-Vai, realizado no último sábado (10) no Sambódromo do Anhembi, uma das alas representou os policiais da Tropa de Choque como figuras demoníacas.

A ala exaltava o álbum Sobrevivendo no Inferno, dos Racionais, o mais importante grupo de rap do Brasil. Uma das músicas mais importantes do disco histórico retrata o Massacre do Carandiru, quando 111 presos foram mortos após a ação da Tropa de Choque durante uma rebelião.

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“A ala retratada no desfile de sábado, da escola de samba Vai-Vai, à luz da liberdade e ludicidade que o Carnaval permite, fez uma justa homenagem ao álbum e ao próprio Racionais MCs, sem a intenção de promover qualquer tipo de ataque individualizado ou provocação, mas sim uma ala, como as outras 19 apresentadas pela escola, que homenageiam um movimento”, explicou a escola.

O enredo deste ano homenageou os 50 anos do movimento hip hop, surgido nas ruas dos Estados Unidos e popularizado no Brasil a partir do fim da década de 1980, principalmente entre a juventude negra das periferias das grandes cidades. O enredo foi batizado como “Capítulo 4, Versículo 3 - Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano”, em alusão a outra música de Sobrevivendo no Inferno.

A escola ficou na oitava posição entre 12 participantes, e se manteve no Grupo Especial. A Vai-Vai é a maior campeã do Carnaval paulistano.

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