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Disseminação de informações pelas redes sociais, impulsionada pela internet, acontece em ritmo acelerado e o petismo não está conseguindo acompanhar ou compreender essa dinâmica
27/06/2025 às 21:00
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Ou o governo aceita os efeitos da decisão do Legislativo, ou recorre ao Judiciário | Fabio Rodrigues Pozzebom
O governo do PT não está desfrutando dos bons ventos que esperava o seu grande protagonista. Após a vitória nas eleições, Lula (PT) acreditava que estava sendo conduzido pelos braços do povo à cadeira do Planalto.
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Em sua visão, oriunda das linhas de fábrica, a classe operária estaria, mais uma vez, entregando a um trabalhador a posição de líder nacional. Ocorre que tudo mudou com uma celeridade sem precedentes no pós-pandemia.
A disseminação de informações pelas redes sociais, impulsionada pela internet, acontece em ritmo acelerado e o petismo não está conseguindo acompanhar ou compreender essa dinâmica.
Em qualquer rincão do Brasil, a qualquer momento, um smartphone pode receber todo tipo de conteúdo, seja verdadeiro ou falso.
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Dessa forma, além de ser secular, a população sabe da falta de controle dos gastos públicos, e o atual governo parece não se preocupar com essa questão.
No momento em que seria necessário um ajuste nas contas públicas, ao invés de promover cortes, o governo opta por aumentar a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Com o clamor popular a seu favor, os parlamentares, mesmo com fundamentos jurídicos questionáveis, lançaram mão de um decreto legislativo para derrubar a proposta de aumento do ministro Haddad, colocando o governo contra a parede.
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Essa decisão representa mais um capítulo na já tensa relação entre os poderes. O decreto reflete não apenas oposição às políticas governamentais, mas também evidencia o papel estratégico do Legislativo na definição de medidas fiscais que impactam diretamente tanto os cidadãos quanto o setor empresarial.
O caminho está posto: ou o governo aceita os efeitos da decisão do Legislativo, ou recorre ao Judiciário, desgastando ainda mais essa relação.
Fica evidente que a disputa não se concentra no controle dos gastos públicos, nem no bem-estar social, mas sim em uma queda de braço entre os interesses dos parlamentares, inclusive daqueles que compõem a base do governo, que também votaram a favor do decreto.
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Lula, sem dúvida, está diante de um Congresso Nacional diversa e de uma população brasileira distinta daquela que encontrou no início de seu primeiro governo.
O presidencialismo de coalização a todo vapor e as redes sociais sendo a grande fonte de informação para todos. 2026 promete muitas emoções.
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