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Segundo mapeamento feito pela Unicamp, os casos vêm aumentando desde 2002
27/10/2023 às 13:27 atualizado em 27/10/2023 às 13:30
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Tiroteio deixou feridos em escola de Sapopemba, na zona leste de São Paulo | Reprodução
Os ataques pelos denominados lobos solitários americanos tem como viés, na sua maioria, um lado patológico derivado de estresse pós-traumático, feito por um ex-combatente ou de uma característica política, como um terrorista radical e religioso. O Brasil vem conhecendo a mesma experiência há décadas. Em mapeamento feito pela Unicamp, os casos vêm aumentando desde 2002.
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Dissonante da experiência americana, as linhas de conduta nacionais são as mais variadas, mas é possível alçar um ponto de convergência, o bullying. Recentemente, na cidade de São Paulo, um aluno, que segundo relatos, sofria esse tipo de violência, efetuou vários disparos em seus colegas.
O termo, um evento isolado, deixou de possuir alicerce, poishá um problema real nas escolas brasileiras públicas ou particulares, e que possui ponto em comum, o bullying. Trata-se de um conjunto de violência física ou psicológica, conduzidas de maneira reiterada, feita por uma pessoa ou um grupo contra outra. Exploram algum diferencial como obesidade, etnia e até orientação sexual.
Há registros de suicídios derivados de bullying. É fato que não há “crime debullying”, pois os registros policiais e judiciais o relatam como ameaça, homicídio, suicídio entre outros. Percebe-se que não há o tratamento adequado a esse fenômeno social, que vem ceifando vidas e gerando crises nas famílias.
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Urge a necessidade do estado brasileiro em cuidar da origem e não do resultado. Indicar nos registros policiais que, além do crime cometido, foi um ato de bullying poderá expor essa ferida social.
Veja a exponencial experiência com os registros de violência doméstica. Caso haja coragem para enfrentar o tema, os Boletins de Ocorrência deveriam constar que houve bullying. Com o passar do tempo, a sociedade irá se envergonhar dos atos de seus filhos nas escolas e por conseguinte poderemos lidar com as causas e não com suas consequências dolorosas.
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