O julgamento e condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal representam um momento significativo na história política do Brasil. A decisão reforça o compromisso das instituições com a legalidade, com a proteção da democracia e com a responsabilização dos agentes públicos.

Este seria um parágrafo academicamente perfeito e aceito com facilidade pelos professores, caso estivéssemos em curso de redação. O que realmente há de ser relatado é que a condenação de mais um presidente da república é um sinal de fraqueza nacional, embora as instituições estejam fortalecidas. 

O povo brasileiro deveria envergonhar-se de não saber votar, de não saber escolher seus representantes, de não se preocupar com educação e nem tampouco buscar absorver cultura e conhecimento. A mera informação rasa da rede social não possui esse condão, mas hoje baliza a opinião popular e o brasileiro insiste em escolher o futuro de seu país fazendo “scrolling”. 

O resultado da busca de um salvador da pátria não tem sido o melhor caminho para o brasileiro. A frustração é tanta que, de década em década, temos uma vergonha nacional a ser anunciada mundialmente. 

A sociedade brasileira ainda enfrenta desafios complexos, como o combate à desinformação, a promoção da transparência e o fortalecimento da cultura democrática. 

O episódio envolvendo Bolsonaro e o STF serve como alerta e inspiração para o respeito às normas constitucionais e para a construção de um futuro no qual os interesses públicos estejam acima dos individuais. Embora haja dúvida na tecnicidade do processo, há certeza dos comportamentos ignóbeis de Bolsonaro em momentos críticos de nossa história, como fazer mímica, imitando uma pessoa com falta de ar em plena crise da Covid-19. Não entendeu o sacerdócio do cargo.  

Por outro lado, a condenação é um convite à reflexão sobre os rumos da democracia brasileira, pois haverá uma reconfiguração do cenário eleitoral, pois partidos de direita buscarão alternativas para manter sua influência e presença nas disputas nacionais e estaduais.

A polarização e as tensões permanecerão na política, intensificados pelo efeito Trump e pela chegada de 2026. Não está fácil ser brasileiro.