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Na última semana, o ex-presidente sentou-se no banco dos réus do mesmo Tribunal que tanto criticou, tendo como inquiridor o ministro que sempre atacou
13/06/2025 às 21:00
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Bolsonaro deu depoimento ao ministro Alexandre de Moraes nesta terça | Reprodução
“Bolsonaro faz declarações polêmicas sobre o STF e Alexandre de Moraes”. Essas seriam as palavras iniciais de qualquer artigo, após os vários atos e manifestações em que Jair Bolsonaro (PL) participou no últimos anos, como uma figura de destaque na chamada direita brasileira.
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O embate entre Bolsonaro e o STF, especialmente com Alexandre de Moraes, continua sendo um dos principais temas do cenário político brasileiro, refletindo a profunda polarização e o desafio de manter a estabilidade democrática no país.
No entanto, o jogo parece ter mudado. Na última semana, o ex-presidente sentou-se no banco dos réus do mesmo Tribunal que tanto criticou, tendo como inquiridor o ministro que sempre atacou.
Bolsonaro, que antes se apresentava como um líder forte, inabalável, mostrou uma postura diferente diante de Moraes.
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Em águas passadas, os brados sequenciais como “Eu te pego, Alexandre de Moraes”, para uma figura de adolescente arrependido que até pede desculpas por suas falas.
Sarcasmos a parte, a retórica do Bolsonaro imbatível esvaziou em suas declarações cautelosas na busca de fugir da responsabilidade pelos atos que cometeu. E
m contradições, Bolsonaro declarou meias verdades que são perceptíveis até para um estudante de direito. Talvez acredite que enganou o interrogador, mas a boa técnica de advocacia indica o contrário.
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Como não conseguiu se defender adequadamente, permanecem as acusações da denúncia, que é a regra jurídica para casos assim.
Talvez não tenha percebido que muitos de seus seguidores desejavam vê-lo afrontando o ministro ou até afirmando que queria ser preso em troca dos já condenados do “8 de janeiro”.
Nada ocorreu. E no sentido contrário denominou seus militantes de “malucos”. Foi desfeito um mundo paralelo, que existia ao seu redor. Era pura fantasia de uma figura forte que livraria o Brasil do crime e da corrupção.
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Nessa vácuo político, Tarcísio de Freitas ascende com outros predicados mais amenos, técnicos e recheados de uma filosofia liberal. 2026 é logo ali.
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