A mais recente pesquisa da empresa Quaest aponta que os governadores identificados com a direita registram altos índices de aprovação em seus respectivos estados. Ronaldo Caiado (União Brasil) ultrapassa 80% de aprovação em Goiás.

No Paraná, Ratinho Júnior (PSD) aparece na mesma faixa, com mais de 80%. Já Romeu Zema (Novo) alcança pouco mais de 55% junto ao eleitorado mineiro, integrando o grupo dos presidenciáveis bem-posicionados em seus estados.

Em São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) mantém-se estável e resiliente, com cerca de 60% de aprovação.

Apesar do recente escândalo envolvendo fraudes na Secretaria da Fazenda paulista, um esquema que movimentou mais de R$ 1 bilhão em propinas, nada respingou diretamente o Palácio dos Bandeirantes.

A principal diferença entre Tarcísio e os demais governadores mencionados é o alto índice de rejeição em seu estado, que gira em torno de 28%.

A pesquisa também revela os primeiros números da corrida ao governo de São Paulo em 2026. Tarcísio aparece na liderança, seguido por Geraldo Alckmin (PSB) e pela novidade Erica Hilton (PSOL).

Eleitores indecisos, sem candidato ou dispostos a votar em branco somam 16%, sinalizando que o eleitor paulista está mais preocupado com os boletos do próximo mês do que com a eleição distante.

No âmbito federal, o presidente Lula (PT) enfrenta um alto índice de reprovação, com cerca de 51%. Apesar disso, seus números melhoraram após os episódios envolvendo a taxação de produtos importados dos Estados Unidos.

Em diversos cenários da corrida presidencial, Lula ainda aparece à frente de seus principais adversários. Seja contra Jair Bolsonaro (PL) ou contra o próprio Tarcísio, o petista lidera, embora a vantagem sobre o governador paulista seja pequena e tende a diminuir com a proximidade da campanha.

Tarcísio, portanto, desponta como o possível principal opositor de Lula em 2026. O que se pode extrair das pesquisas é que boa gestão, trabalho consistente e posições firmes em temas polêmicos têm gerado dividendos políticos aos governadores.

Já em Brasília, a máxima “quem tem a caneta, tem o poder” segue vigente. Mesmo com alta rejeição, Lula, pela fotografia atual, seria reeleito.

Contudo, como pesquisas e urnas nem sempre formam o “casal perfeito”, só o tempo dirá se esses números se manterão até o segundo domingo de outubro de 2026. Resta acompanhar o calendário gregoriano e seguir seu curso.