Na última semana, foi aberta a Assembleia Geral da ONU,que é um fórum de discussão de questões globais. A origem da ONU deriva do pós-guerra, com o ideia  de uma união global entre as nações. Nos tempos atuais, o quadro é outro, pois as tensões entre os Estados Unidos e a China são complexas pois abrangem disputas comerciais, tecnológicas e políticas.

Essa competição pode ser vista como uma nova forma de "guerra fria". Alguns, até denominando como “nova ordem mundial”. Soma-se a essa desunião, a guerra entre russos e ucranianos que não chega ao seu final.

Lembrando que a Rússia é apoiada pela China, que é parceria política-comercial da Coreia do Norte. Houve alfinetadas do Canada contra China e Biden afirmando que deixara de auxiliar Zelensky (Ucrania), ou seja, um compito sem igual.

Neste contexto, Lula busca destaque como protagonista, mas enfrenta desafios significativos. O novo “modelo” global que se apresenta, é diverso daquele do seu primeiro e segundo mandato.

Além disso, a imagem do Brasil, no cenário internacional, foi afetada pelo afastamento diplomático no governo Bolsonaro (PL), sendo que, os escândalos de corrupçãoenvolvendo o partido presidente (PT), não foram esquecidos, como o caso "petrolão”, inclusive a lava-jato chegou às cortes americanas. Essa mancha, na reputação do país pode dificultar a aceitação das palavras de Lula no âmbito internacional.

Por outro lado, é importante reconhecer a importância da Assembleia Geral da ONU como um fórum para o diálogo global. O discurso de abertura de Lula foi elogiado por sua eloquência e habilidade diplomática, embora não reflita  a realidade nacional.

Em última análise, o desafio para o Brasil é encontrar uma abordagem de política externa que equilibre os interesses nacionais, com as dinâmicas geopolíticas em constantes mutações.