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Em um encontro breve nos corredores, houve não somente um abraço e poucas palavras entre os dois líderes, mas também a sinalização de uma possível reunião formal
26/09/2025 às 16:25
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Donald Trump (Republicano) flertou com Lula (PT) em discurso durante a Assembleia Geral da ONU | Daniel Torok e Marcelo Camargo/AB
Donald Trump (Republicano) flertou com Lula (PT) em discurso durante a Assembleia Geral da ONU, mesmo após críticas do presidente brasileiro à política protecionista norte-americana.
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Em um encontro breve nos corredores, houve não somente um abraço e poucas palavras entre os dois líderes, mas também a sinalização de uma possível reunião formal no futuro. Bastaram esses segundos para provocar um verdadeiro alvoroço nos extremos ideológicos nacionais.
Uma mudança de rota não se constrói com meia dúzia de falas afáveis, mas pode ser o começo de um diálogo necessário. Em um cenário político global cada vez mais polarizado, o encontro entre Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva chamou a atenção do mundo.
Representantes de espectros ideológicos opostos, os dois protagonizaram um momento raro de diplomacia entre visões tão distintas. Trump é ícone da direita populista; Lula, referência da esquerda latino-americana. Uma reaproximação entre as nações é estratégica. As economias dos dois países, em vários pontos, mantêm uma relação simbiótica.
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Nos bastidores, comenta-se que o encontro não foi casual, mas articulado por empresários dos dois países, interessados na redução de tarifas sobre produtos brasileiros. O vice-presidente Geraldo Alckmin teria atuado diretamente com o setor privado nacional para viabilizar a aproximação. O que está em jogo não é somente um tabuleiro ideológico, mas um comércio bilateral que movimenta cerca de 40 bilhões de dólares.
Temas como segurança hemisférica e mudanças climáticas devem entrar na pauta. A eventual classificação de facções criminosas brasileiras como grupos terroristas também poderia facilitar a cooperação, especialmente diante de investigações que apontam o PCC como uma máfia nacional infiltrada no Estado, no sistema financeiro e que mantém várias empresas.
Apesar das divergências evidentes, se bem articulado, o encontro pode abrir caminhos. Para Lula, sinaliza uma abertura ao diálogo com setores conservadores. Para Trump, uma demonstração de pragmatismo internacional em meio às suas batalhas internas. Fora das quatro linhas está o bolsonarismo, que teve seu espaço reduzido após a condenação de Bolsonaro (PL).
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Os próximos dias serão de suma importância para que essa reaproximação aconteça, bons para todos, até para os mais radicais.
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