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Geovana Borges

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Leis que protegem no papel, não na vida real

Apesar de uma legislação que prometia proteger mulheres, a realidade em São Paulo revela um horror cotidiano

03/12/2025 às 02:00

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Observatório da Mulher Contra a Violência registrou 718 feminicídios no primeiro semestre de 2025

Observatório da Mulher Contra a Violência registrou 718 feminicídios no primeiro semestre de 2025 | Agência Brasil

Apesar de uma legislação que prometia proteger mulheres, a realidade em São Paulo revela um horror cotidiano: o Estado liderou, em 2024, com 250 feminicídios o maior número desde que o crime passou a ser contabilizado. 

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Na manhã de 29 de novembro de 2025, a paulistana Taynara Souza Santos, 31 anos, foi atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro pelo ex-companheiro, na Marginal Tietê. A vítima teve ambas as pernas amputadas e segue internada em estado grave, um retrato brutal de como “sobreviver” pode custar a mobilidade a vida. 

Poucos dias depois, no dia 1º de dezembro, um homem armado invadiu a pastelaria onde sua ex-namorada trabalhava, e disparou ao menos seis vezes contra ela, segundo a polícia, motivado por ciúmes. A mulher foi socorrida e transferida ao hospital, o autor segue foragido. 

Casos como esses, tão recentes quanto cruéis, expõem falhas graves no enfrentamento da violência contra a mulher. E enquanto crimes brutais se acumulam, as políticas públicas continuam tratando o feminicídio como estatística, e não como tragédia urgente. 

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Subnotificação e silenciamento, nas favelas, a violência doméstica é frequentemente silenciada. Subnotificação e silêncio são ainda mais cruéis, onde vulnerabilidade, racismo e abandono social se agravam.

O Observatório da Mulher Contra a Violência registrou 718 feminicídios no primeiro semestre de 2025.

Mulheres negras 

Mulheres negras continuam sendo as principais vítimas de violência letal, sendo 63% dos feminicídios em 2025 - 80% das mulheres assassinadas foram mortas por seus companheiros ou ex-companheiros, locais da violência, 64% dos feminicídios ocorreram dentro de casa. 

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Estudo revela que, no Brasil, até 98,5% da violência psicológica doméstica não é denunciada - UFMG. 

Em 2023, 61% das vítimas não buscaram a polícia, apesar de estimar-se que 25 milhões de mulheres já sofreram violência doméstica no País -  Portal Câmara.

Se quem grita nas vielas não é ouvido, as favelas continuam sendo cemitérios silenciosos de vidas invisíveis. 

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