Entre em nosso grupo
2
Primeira proposta é enfraquecer os concorrentes por meio da imposição de tarifas de importação mais altas
02/05/2025 às 21:00
Continua depois da publicidade
Presidente é republicano e nacionalista | David Dibert/Pexels
O presidente é republicano e nacionalista. É tudo o que o cidadão médio quer diante das ameaças de crise mundial.
Continua depois da publicidade
Os Estados Unidos emergem depois da guerra como o novo centro de capitalismo mundial, uma vez que os financistas emigraram da Europa para lá. A City de Londres perde importância diante do crescimento de Wall Street.
A preponderância americana depende, também, do fortalecimento do mercado interno e, para isso, é necessário a oferta de produtos mais baratos e a defesa da produção nacional.
A primeira proposta é enfraquecer os concorrentes por meio da imposição de tarifas de importação mais altas.
Continua depois da publicidade
Um retrocesso para uma nação que defendeu até bem pouco tempo o livre-comércio e a vitória de quem apresenta melhores produtos com os preços mais baixos.
Daí até a eleição presidencial é um passo. E vence o candidato que promete proteger os industriais e fazendeiros. Isso explica a vitória do Partido Republicano e o abandono das teses liberais defendidas pela oposição democrata.
A livre concorrência comercial não interessa mais aos Estados Unidos – ela favorece principalmente a Europa e, segundo o governo, é hora de pôr um ponto final na política comercial liberal do país. O presidente prometeu isso na campanha eleitoral e uma vez eleito tem que colocar em prática.
Continua depois da publicidade
É cobrado por eleitores e membros do Congresso e não tem alternativa senão cumprir o que prometeu. O mercado financeiro não apoia essa política protecionista e se ressente da queda do valor das ações e da Bolsa de Nova York.
Mas não tem como peitar os lobistas que não dão sossego na porta do Capitólio. Pressionam os deputados, ameaçam não financiar mais suas campanhas.
Têm amplo espaço na mídia e o debate político se torna uma grande máquina de moer reputações. Os slogans preferidos pelo republicano é “Ele faz as coisas melhores para você”. Ou, então, “O nome que você pode confiar”.
Continua depois da publicidade
Eles sobrevivem na imaginação dos leitores ainda que as nuvens de uma grande crise fiquem cada vez mais evidentes e escuras.
A maneira de fortalecer economicamente o país é aumentar as tarifas de importação. Isso teria dois efeitos. Aumentaria a arrecadação de impostos sobre produtos importados e aliviaria a concorrência dos produtos estrangeiros.
A lei aprovada no Congresso aumenta as tarifas de importação de aproximadamente 900 produtos em até 60%. Ainda é pouco, dizem os radicais republicanos. Os agricultores americanos se endividaram para aumentar a produção e concorrer com os importados, sem êxito.
Continua depois da publicidade
Os trabalhadores também apoiam a política do presidente, uma vez que a maioria dos empregos está no campo e eles ameaçados de demissão com a quebra dos fazendeiros.
O avanço do protecionismo comercial teve três etapas: o projeto foi apresentado no Congresso, aprovado, e no ano seguinte sancionado pelo presidente republicano Herbert Hoover em 1930.
Como previram os economistas independentes, os preços dos produtos de primeira necessidade, como ovos, açúcar, roupas e combustíveis, tanto para os carros como para o aquecimento das casas no rigoroso inverno do hemisfério norte, subiram de preço.
Continua depois da publicidade
Essa política nacionalista aprofundou a crise do sistema capitalista que teve o primeiro e grave problema com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York.
O turbilhão atingiu não só a sociedade americana como toda a economia mundial. Inclusive o Brasil, onde o cafezinho cai para os preços mais baixos. Não tem compradores e parte da safra é jogada no fundo do mar.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade