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Café é a coluna central em que se apoia a economia brasileira, gostem ou não outros setores da economia
08/09/2025 às 14:00
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Para alguns analistas econômicos, não há motivo para que as vendas do produto para o mercado americano despenquem | Freepik
Todo mundo sabe que o principal mercado para o café brasileiro são os Estados Unidos. De cafeicultores a bebedores de café, todos ficam de olho nas compras do produto pelo Tio Sam. Os exportadores do produto aguardam manifestação do governo com socorro para impedir a quebra de fazendas e empresas de exportação diante da queda das vendas.
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No passado, o governo federal, apesar de duras críticas de outros setores, interveio com a compra e estocagem do café para impedir a queda dos preços e a ruína da balança comercial do Brasil. O café é a coluna central em que se apoia a economia brasileira, gostem ou não outros setores da economia.
Para alguns analistas econômicos, não há motivo para que as vendas do produto para o mercado americano despenquem. O hábito de beber café está arraigado na sociedade americana e ele é encontrado nos bares, restaurantes, fast foods e escritórios do Atlântico ao Pacífico. É impensável que o hábito vá mudar de uma hora para outra. Há quem lembre que outros países, de olho nos mercados da Europa e dos Estados Unidos, incentivam a cultura de cafezais em seus territórios e competem com preços e qualidade.
A Colômbia é um deles. Ela se intitula ter o melhor café do mundo. Mas os maiores embarques para o exterior se fazem pelos portos de Santos e do Rio de Janeiro.
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O presidente americano é um republicano. Enfrenta uma profunda crise financeira e econômica que deixa o país à mercê da miséria. As ações despencam em Wall Street e muitos bancos fecham as portas, deixando milhares de correntistas sem um centavo no bolso. Acionistas desesperados se suicidam. Alguns se atiram dos prédios em Nova York. O principal comprador de café brasileiro suspende as encomendas. Os armazéns estão abarrotados do produto devido a uma superprodução que aumentou assustadoramente na década de 1930.
O chefe do governo provisório, Getúlio Vargas, autoriza a compra do café e milhões de sacas precisam de mercado. Com a queda das compras pela Europa e Estados Unidos, não resta alternativa para o governo senão jogar milhões de sacas no mar. Várias fazendas, especialmente no eixo São Paulo e Minas, ou queimam a colheita ou deixam o café no pé para apodrecer.
Acaba o conhecido domínio da política do “café com leite” no Brasil. Nos Estados Unidos, os democratas derrotam o republicano Hebert Hoover e voltam ao poder com Franklin Roosevelt.
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