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Autocrata atribui ao seu país a derrota da Alemanha nazista; para isso, prepara uma grande parada militar em Moscou e ele é o principal homenageado
16/05/2025 às 21:30
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Parada militar é uma homenagem aos milhões de soldados que morreram em campo de batalha | Reprodução/Twitter/Kremelin Rússia
O autocrata atribui ao seu país a derrota da Alemanha Nazista. Para isso, prepara uma grande parada militar em Moscou – e ele é o principal homenageado.
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Atribui a si mesmo a glória nacional e, com isso, objetiva o reconhecimento político da Europa e dos Estados Unidos.
Decreta feriado nacional para que a população se apinhe na Praça Vermelha, onde está a múmia de Lênin, o líder da revolução comunista de 1917.
A maioria do público é de mulheres. Os homens morreram na guerra para salvar a “mãe Rússia” da invasão dos nazistas.
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Os militares se esmeram em apresentar batalhões que desfilam com disciplina exemplar e uma quantidade de veículos militares para impressionar os convidados.
A impressão da mídia ocidental é de que o autocrata russo está se preparando para a guerra, o que deixa os países da Europa assustados com a disposição de a nação vencedora da guerra impedir que a democracia capitalista se consolide no continente.
A parada militar é uma homenagem aos milhões de soldados que morreram em campo de batalha para derrotar Hitler e seu regime genocida.
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Os chefes de Estado de países amigos devem se aglomerar perto da muralha do Kremlin para mostrar ao mundo a importância da vitória russa.
É um desafio às potências ocidentais, principalmente aos Estados Unidos, a que também se atribui participação decisiva para derrotar Hitler e prosseguir o conflito contra o Japão, que termina com a tragédia das bombas atômicas em agosto de 1945.
Para o autocrata russo o que interessa é a vitória na Europa e não no extremo oriente. Alguns convidados recusam o convite da Rússia, e temem que não haja segurança em Moscou. A presença dos convidados é uma demonstração de quem está ao lado dos vencedores.
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E quem não está ao lado do autocrata é considerado inimigo. Os analistas internacionais temem que a polarização possa conduzir o mundo a ameaças mais graves, como um novo conflito de dimensões continentais.
Mesmo diante de uma comemoração tão importante, o líder não escapa das críticas da imprensa ocidental; afinal, a mídia local não existe, só a estatal e sob severa censura vigiada pela temida polícia política – a KGB.
Para deslustrar a comemoração, os críticos do regime apontam que o líder soviético assinou um tratado de não agressão com os nazistas, e que durou de 1939 a 1941.
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Os ministros do Reich Ribbentrop e Molotov da União Soviética embutiram uma cláusula secreta que permite a imediata invasão da Polônia e a divisão do país entre os dois aliados.
O ditador Josef Stálin argumenta que o acordo foi necessário para que a União Soviética se armasse para esperar a invasão nazista. É o que se chama realpolitik.
Nada pode tirar o brilho do exército vermelho, segundo o Kremlin, o grande vencedor e responsável pela derrota do nazismo.
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Afinal, foi ele o primeiro a chegar a Berlim e comprovar que o Führer se suicidou no bunker da chancelaria.
Stálin despreza os relatos dos correspondentes ocidentais, que dizem que a marcha dos soldados soviéticos em direção a Berlim deixou um rastro de destruição da população civil alemã, roubo de tudo o que encontraram pela frente e o estupro de todas as mulheres encontradas no caminho como forma de se vingarem do que tinham sofrido durante a guerra.
A propaganda soviética tenta ganhar a opinião pública mundial com a colaboração dos partidos comunistas de todo o mundo.
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A parada militar comemora o final da Segunda Guerra Mundial na Europa e vai se repetir enquanto a União Soviética existir, garante o ditador. Mas vai mais além – a comemoração persiste mesmo com a volta da Federação Russa.
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