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Heródoto Barbeiro

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O presidente tem fixação por muro

Ele não separa apenas duas nações separa famílias, escolas, e impossibilita o desenvolvimento cultural. É uma ideia infeliz, mas que tem toda a mídia estatal para  defendê-la

04/07/2025 às 21:30

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Muro é um espinho atravessado na garganta dos dois países

Muro é um espinho atravessado na garganta dos dois países | Gage Skidmore/Wikimedia Commons

O muro é um espinho atravessado na garganta dos dois países. E ambos têm argumentos contra e a favor do muro. Têm também forças militares capazes de se  confrontar na beirada dele. Uma obra como essa comove boa parte da humanidade.

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Ele não separa apenas duas nações – separa famílias, escolas, e impossibilita o desenvolvimento cultural. É uma ideia infeliz, mas que tem toda a mídia estatal para  defendê-la.

Os argumentos mais repetidos são de que o muro aumentará a segurança dos cidadãos, impedindo a entrada de criminosos de todo tipo, de traficantes  de drogas e de armas, e de que até impedirá atos de espionagem que coloquem em  risco a segurança nacional.

A longa muralha de tijolos é intercalada por longas filas  de cavaletes enrolados em arame farpado de alto impacto.

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Pular naquela selva de  pontas é ter apenas a chance de um por cento de chegar vivo ao outro lado, isso se  o transgressor não levar um tiro de fuzil nas costas. Ou na cabeça. 

O número de pessoas que tenta pular o muro é cada vez maior. A pressão contra a emigração é cada vez mais intensa, mas funciona de modo contrário.

Homens, mulheres, crianças, velhos, famílias inteiras se arriscam para alcançar o outro  ado. É verdade que isso custa a vida de muitos.

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Os soldados estão instruídos a atirar  em qualquer um que queira passar para o outro lado. A reação das pessoas é usar  a imaginação para atravessar a fronteira entre os dois países, ora cavando túneis, ora nadando pelos rios das proximidades, ora simplesmente dirigindo carros em alta velocidade contra as cancelas intercaladas no muro. 

O mundo acompanha com interesse e preocupação as escaramuças por causa do muro. As duas potências nucleares escaparam de um confronto há pouco tempo.

Os comunistas revidam a derrota na crise dos foguetes em Cuba com a construção relâmpago de um muro que divide a cidade de Berlim em duas partes.

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Os mundos comunista e capitalista se materializam na República Federal da Alemanha e na República Democrática Alemã. Ou melhor, Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental.

É o novo foco de Guerra Fria capitaneado de um lado por John Kennedy, presidente americano, e de outro por Nikita Kruschev, o ministro soviético.

A população da cidade é pega de surpresa. O muro é construído rapidamente e divide ruas pela metade. De uma janela é possível ver o interior da casa da frente.

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Uma do lado leste, outra do lado oeste. Com uma corda é possível fugir. Até que as janelas do  lado oriental sejam seladas com tijolos e cimento.

Tentar pular o muro é punido com um tiro. Túneis são explodidos. Há uma ameaça de as forças soviéticas impedirem o corredor aéreo entre Berlim ocidental e a Alemanha capitalista.

Se isso ocorrer, o fim da Segunda Guerra dará início à Terceira. O presidente democrata peita mais uma vez a União Soviética e viaja para Berlim.

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Junta-se ao chanceler alemão Willy Brandt e faz um discurso na escadaria da prefeitura da cidade onde proclama: ICH BIN EIN  BERLINER.

Uma comemoração que durou apenas 4 meses do ano de 1963, quando  Kennedy viajou para Dallas, no Texas, e encontrou Lee Harvey Oswald.

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