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Heródoto Barbeiro

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Os americanos estão chegando

Confronto não é bem o termo, uma vez que os yankees têm melhores e maiores exércitos e marinha que o opositor

11/12/2025 às 02:00

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As hostilidades dos presidentes americano e latino-americano só poderiam conduzir ao fim do diálogo ou a um confronto militar

As hostilidades dos presidentes americano e latino-americano só poderiam conduzir ao fim do diálogo ou a um confronto militar | Divulgação

Todos sabiam o que iria acontecer mais cedo ou mais tarde. As hostilidades dos presidentes americano e latino-americano só poderiam conduzir ao fim do diálogo ou a um confronto militar. Confronto não é bem o termo, uma vez que os yankees têm melhores e maiores exércitos e marinha que o opositor. E mais bem armados. Ainda assim, o líder latino faz discursos contra o Tio Sam e prega uma resistência popular contra um invasor que quer derrubá-lo do poder.

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Acredita que o povo em armas é mais poderoso e que o conflito pode se espalhar pelo interior onde as guerrilhas populares ocasionariam grandes estragos nas tropas regulares norte-americanas. Diz não temer as ameaças de Washington nem o bloqueio naval em seu principal porto de comércio exterior.

A rivalidade na América abre uma brecha para a potência europeia interessada em ter como aliado um rival dos Estados Unidos no continente. Caso houvesse uma guerra ou uma incursão americana, ela estaria disposta a ajudar com o envio de armas modernas para o exército popular nacional.

Os mais radicais atacam o presidente americano na mídia, o acusam de imperialismo e de tentar ressuscitar a Doutrina Monroe, aquela que vem lá do século 19, da “América para os americanos”, e que os países latinos não estão mais dispostos a tolerar. A América para qual americano? Do Norte? O rio Grande é apenas a fronteira entre os Estados Unidos e o seu quintal? Os tempos mudaram desde quando a potência europeia tenta criar uma cunha no relacionamento político e diplomático nas Américas, que vem desde a época dos movimentos de independência.

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Os Estados Unidos desembarcam nas praias do país latino-americano sem qualquer aviso. O presidente mexicano ordena que as tropas deixem o porto de Vera Cruz, tomado sem resistência pelas tropas americanas. O presidente Huerta espera um carregamento de armas vindo do império alemão pelo porto de Vera Cruz. Um navio de transporte de armas alemão é impedido de descarregar por causa do bloqueio. A crise política é restrita entre Estados Unidos e México. A grande crise em 1914 está na Europa com a formação de dois blocos militares – Entente, de um lado, e Aliança, de outro.

A Alemanha entende que a Primeira Guerra Mundial é inevitável. Para impedir que os americanos apoiem os Aliados, estrategistas alemães optam por apoiar um país que poderia invadir os Estados Unidos na tentativa de recuperar a Califórnia, o Texas e o Novo México.

Essa ação da diplomacia do império alemão foi a gota d'água para o presidente Wilson declarar guerra à Alemanha. 
 

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