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Acredita que boas propinas, cargos públicos e jantares com a elite nacional fazem milagres com os historiadores e cronistas
02/09/2025 às 15:00
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Trocar de ideologia, de programa político e de aliados exige inteligência e também o preparo estratégico das mudanças | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ele é conhecido pela facilidade com que está sempre ao lado do poder. Tão fácil como tira um casaco e logo veste outro, muda de posição. É capaz de abandonar uma concepção que defendeu com unhas e dentes e logo se agarrar em outra. Acostumou-se a agir na sombra, sem o desejo de estar na primeira fileira do poder.
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No bastidor, é capaz de mudar o rumo das decisões dos partidos políticos e até mesmo do governo. Age sempre por debaixo dos panos. O ego está totalmente sob controle. O que importa é mandar. E ter quem obedeça. No bastidor, é chamado de cínico e imoral.
Trocar de ideologia, de programa político e de aliados exige inteligência e também o preparo estratégico das mudanças. Virar a página do passado e começar a escrever uma nova em que defende seus novos aliados. Não importa o que falarão dele, se a história poderá ou não condená-lo.
Acredita que boas propinas, cargos públicos e jantares com a elite nacional fazem milagres com os historiadores e cronistas. É necessário entender que eles precisam de condições materiais para continuar suas pesquisas e escrever os seus livros. Graças a sua bolsa e matreirice, sua biografia em nenhum momento é apresentada como a de um traidor da pátria.
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Viver à sombra dos poderosos, estejam onde estiverem. É um fruto da revolução mais importante da história da humanidade que promete igualdade, liberdade e fraternidade. Ocupou o cargo de ministro quatro vezes, servindo regimes antagônicos.
Deveria ter seguido carreira militar, mas tem uma anomalia no pé, o que o impede de marchar no Exército nacional. Foi expulso do seminário, mas habilmente nomeado abade. Charles-Maurice, mais conhecido como Talleyrand, um passageiro mpelo absolutismo, liberalismo, bonapartismo e de volta ao absolutismo. Representando a França derrotada no Congresso de Viena de 1815, tem presença marcante entre as potências vitoriosas.
Não vacila em apoiar, contra os grandes proprietários de terras das colônias francesas na América, o fim do tráfico de escravos negros africanos. E obtém o apoio de Portugal, o país com grande número de traficantes alojados no Brasil
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