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Heródoto Barbeiro

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Presidente na China comunista

Governo americano não vê com bons olhos a aproximação do maior país latino-americano com o planeta vermelho

23/05/2025 às 22:00

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Pode ser um desafio que Tio Sam não admite

Pode ser um desafio que Tio Sam não admite | Manuel Joseph/Pexels

O governo americano não vê com bons olhos a aproximação do maior país latino-americano com o planeta vermelho.

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Pode ser um desafio que Tio Sam não admite. Além da rivalidade ideológica e geopolítica, o Brasil é um campo fértil para as filiais das grandes empresas norte-americanas.

Principalmente nas áreas de mineração, eletricidade e comunicação. É um mercado cativo e isso pode acabar se a  aproximação do Brasil com a China resultar na importação de produtos chineses que  são mais baratos e compatíveis com o nível de renda dos brasileiros.

Até agora, os produtos vindos dos países comunistas não fazem sombra aos fabricados ou importa dos pelas filiais das empresas americanas no Brasil. Mas isso pode mudar com uma  aproximação com a República Popular da China.

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Há afinidade de partidos políticos e membros do governo com as mudanças ideológicas lideradas pelo Velho Timoneiro, Mao Zedong, que lidera a reforma no  pensamento marxista leninista que norteou a esquerda desde a Revolução de 1917  na Rússia.

Contudo, o modelo comunista chinês tem sua própria configuração, o que  provoca um racha nos partidos comunistas da América Latina, inclusive no Brasil.

Há o de linha russa e o de linha chinesa, mais radical e puro segundo os analistas do Livro Vermelho. A imprensa alerta as elites e os militares sobre o perigo de uma aproximação com a China e as represálias que o Brasil pode sofrer do governo americano, mesmo o presidente sendo do partido democrata.

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Não se pode esquecer que há uma  polarização geopolítica mundial e quem não está ao meu lado é meu inimigo.

Mesmo com a pressão contrária da diplomacia americana e dos núcleos conservadores do Brasil, a missão brasileira chega a Pequim.

Na pauta, a assinatura de uma série de tratados comerciais, técnicos e culturais entre os dois países. Em época de mundo polarizado, a ação da diplomacia brasileira é considerada desafiadora, ainda mais com o envio de uma delegação de alto nível.

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Os chineses preparam uma recepção de primeira linha, que inclui até mesmo uma reunião máxima com o líder da Revolução Cultural, Mao Zedong.

O enviado para o encontro é o vice-presidente  do Brasil, João Goulart. Tem o apoio dos partidos de esquerda e é considerado o herdeiro político do ditador Getúlio Vargas. Faz discurso na Praça da Paz Celestial, em palanque bem na porta da Cidade Proibida.

Os chineses fazem questão de mostrar o apreço que têm pela delegação brasileira, tratada como um novo parceiro importante.

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Jango se sai bem da empreitada e tem tudo para comemorar o sucesso diplomático. Salvo o comunicado que informa que o presidente Jânio Quadros renunciou e ele precisa imediatamente voltar ao Brasil e tomar posse. Quer as elites e os militares queiram ou não.

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