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Heródoto Barbeiro

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Protecionismo, não!!!

O que orienta a economia da potência é o liberalismo econômico

17/09/2025 às 18:07  atualizado em 17/09/2025 às 18:35

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Os navios de guerra viajam para as praias brasileiras

Os navios de guerra viajam para as praias brasileiras | Djalma Vuong-de Ramos/U.S. Navy

A maior potência do mundo dita os rumos do comércio mundial. Não admite dividir as decisões econômicas. Impõe as suas leis como se todos os povos do mundo fossem obrigados a aceitá-las. Ela está acima do bem e do mal.

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Orienta-se na busca do melhor mercado para os seus produtos manufaturados, que têm maior valor no mercado mundial. Aceita como pagamento produtos primários, como os agrícolas e minerais necessários para alimentar sua população e abastecer as fábricas famintas de matérias-primas. O mundo tem que se adequar a essa realidade, uma vez que ela é a maior força militar do mundo e não hesita em recorrer ao forte poder militar, principalmente naval, para pressionar outras nações. É uma troca entre produtos com alto e baixo valor agregado.

O que orienta a economia da potência é o liberalismo econômico. É verdade que no passado adotava a prática protecionista, mas que abandonou devido às modificações que o sistema capitalista sofreu com o advento do industrialismo. A partir dessa nova realidade, os países avançados industrialmente passaram a defender o livre-cambismo, ou seja, que as fronteiras fossem derrubadas para a entrada dos seus produtos manufaturados.

A ideologia dominante é que a acumulação de riqueza deixou de ser pautada pelo protecionismo e passou a ser pela intensificação do comércio mundial, apesar dos entraves impostos por algumas nações, com leis e tarifas protecionistas. Estas, ao mesmo tempo, protegem a produção local e garantem arrecadação de impostos aduaneiros com os quais o Estado se sustenta. Enfim, não há alternativa para as nações pobres do mundo.

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Os navios de guerra viajam para as praias brasileiras. É mais uma demonstração do imperialismo nascente e que vai se consolidar ao longo do século. O governo se prepara para receber o enviado especial da potência, que já traz redigido os termos de um tratado comercial. Não é um tratado, é uma imposição. Qualquer resistência pode resultar em um ultimato, o primeiro passo para um bloqueio naval e ameaça de bombardeio à capital do Brasil.

O príncipe regente Dom João, e sua corte, alocados no Rio de Janeiro, não tem outra alternativa. São apenas dois anos desde que ele abandonou Lisboa e viajou para a Colônia brasileira, deixando seu povo à mercê das tropas napoleônicas. Lord Strangford e sua frota britânica de guerra não dá a menor chance para Portugal negociar.

Os portugueses devem derrubar as barreiras comerciais e consolidar a abertura dos portos assinada em 1808. Dom João, sem saída, foi obrigado a admitir que as mercadorias inglesas pagariam apenas 16 por cento de imposto de importação. Tanto quanto pagam os produtos portugueses. Com os portos abertos, imposto derrubado, os ingleses inundam os trapiches com tecidos, ferramentas, armas, pólvora, alimentos, e até… patins de gelo.

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