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Heródoto Barbeiro

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Setor industrial exige ação do presidente para frear êxodo rural

Apoiadores da imposição de uma tarifa protecionista argumentam que desestimular a importação faz equilibrar a balança comercial, sempre deficitária

20/06/2025 às 22:00

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Presidente defendeu em sua campanha eleitoral e agora está sendo cobrado por isso

Presidente defendeu em sua campanha eleitoral e agora está sendo cobrado por isso | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O País prende a respiração. Será que vai dar certo? O presidente defendeu em sua campanha eleitoral e agora está sendo cobrado por isso.

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Não pode recuar mesmo com forte pressão do setor de importação. É necessário criar empregos localmente, e não no exterior.

O aumento do êxodo rural em busca de melhores condições de vida nas cidades aumenta a necessidade de desenvolver indústrias que absorvam mão de obra.

Para isso, é preciso uma política que beneficie a produção local e diminua a concorrência dos produtos importados, que são de boa qualidade e têm preços competitivos.

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A solução foi divulgada aos quatro ventos durante a campanha eleitoral  e mesmo nas regiões mais distantes da capital é motivo de debates entre políticos opositores e apoiadores do presidente da República. 

A solução passa pelo nacionalismo. Os produtos devem sofrer a menor concorrência possível dos importados. Assim, o governo federal, com o apoio do Congresso, estabelece tarifas protecionistas.

Os importados vão pagar imposto para entrar no país, só que vão ficar tão caros que o consumidor preferirá o produto nacional.

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A oposição, favorável ao liberalismo econômico, desenha um cenário desestimulador ao anunciar que os preços dos produtos nacionais não vão cair, a produção local não conseguirá atender o mercado e vão faltar produtos nas lojas.

Os apoiadores da imposição de uma tarifa protecionista argumentam que desestimular a importação faz equilibrar a balança comercial, sempre deficitária.

O país mais importa do que exporta. O saldo comercial é negativo, o que desequilibra também a balança de pagamentos, uma vez que os  dólares são aspirados para o exterior. 

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O debate envolve políticos de direita e esquerda, estudantes, sindicatos, associações em geral e o cidadão comum. 

O nome pomposo da tributação imposta pelo governo sobre os importados é “política de substituição de importações”.

Dê preferência ao que é nacional! A bandeira do nacionalismo econômico tremula também em outros setores, como petróleo, eletricidade, química, indústria pesada, aciaria e outras indústrias de infraestrutura.

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O setor comercial range os dentes. O partido do presidente acusa o setor de ser lacaio do imperialismo americano.

Getúlio Vargas assume a liderança na política de substituição de importações e na defesa da fabricação no Brasil dos produtos análogos aos importados. O que deve ser uma batalha econômica se torna uma disputa ideológica entre a esquerda e a direita. 

Comunistas, socialistas, petebistas apoiam a criação de um monopólio petrolífero para impedir a entrada em território nacional das Sete Irmãs, lideradas pela Standard Oil, a Esso.

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Vargas está de volta ao poder em 1951 e lança o projeto O PETRÓLEO É NOSSO. A bandeira nacionalista ganha o Brasil e a Petrobras se transforma na redenção salvadora de uma nação condenada a exportar matérias-primas e produtos agrícolas de baixo preço.

Sai um navio de café para pagar uma pequena embarcação de manufaturados estrangeiros. O sonho de uma estatal petrolífera é atropelado pela razão social da empresa Petróleo Brasileiro Sociedade Anônima.

Então, admite acionistas? Sim, mas a retórica é que no fundo ela é uma estatal, mesmo colidindo com os livros de economia que a definem como uma empresa de capital misto. Muito jornalista não leu esse capítulo do livro.

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