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Com vitórias marcantes, o Mirassol vem sendo a camisa amarela com o verdadeiro bom futebol
01/09/2025 às 17:00
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Como o clube irá terminar a temporada não dá para cravar, mas até agora, o desempenho é digno de aplausos | JP Pinheiro/Agência Mirassol
Se a Amarelinha da Seleção Brasileira não vem sendo uma alegria constante aos brasileiros e nem sinônimo de bom futebol, um time do interior de São Paulo que veste a mesma cor está surpreendendo a todos: o Mirassol, exatamente no ano do seu centenário.
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Com um trabalho ainda no início de Carlo Ancelotti e um time que ainda não engrenou a jogar bola, a Canarinho deixa a esperança de dias melhores, e pode se inspirar no time que vem batendo em favoritos em sua estreia na Série A e com orçamento modesto.
Ainda falando sobre a Seleção, a convocação recente teve uma ausência polêmica: Neymar Júnior.
Fora da Seleção já há um tempo considerável por lesões, ele atuou por 90 minutos contra o Fluminense e descartou que não tenha sido convocado devido à lesão, afirmando que foi critério de Ancelotti não levá-lo e que respeita a decisão. Mas, Neymar realmente não precisa provar mais nada? Ou, na verdade, após tantas lesões, teria que provar que o melhor jogador brasileiro ainda é ele?
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Faltam menos de 10 meses para a Copa do Mundo e o jogador ainda não foi utilizado e, caso esteja na lista final, ainda não se sabe se ele será o falso 9, um camisa 10, ou arma para o segundo tempo.
Uma das derrotas mais firmes sofridas por Neymar no Santos foi um sonoro 3 a 0 para um time que não teve nenhum jogador convocado por Ancelotti (e nem holofote de pedidos), mas que ocupa o G-6 do campeonato nacional, o Leão Caipira, Mirassol Futebol Clube.
E não foi só um 3 a 0 contra o Santos que o time do interior de São Paulo arranjou contra as equipes históricas do torneio. A mais recente ocorreu neste domingo (31/8): um 5 a 1 sobre o Bahia, a maior derrota de Rogério Ceni como treinador. Isso em um campeonato que ele já ganhou três vezes como jogador e uma como técnico.
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O Mirassol venceu também o Grêmio por 4 a 1, o Corinthians (2 a 1), bateu o São Paulo (que ainda perdia tempo com Zubeldía como treinador), dentro do MorumBis, por 2 a 0, e o Vasco por 3 a 2.
Em 20 rodadas, são nove vitórias, oito empates e apenas três derrotas. É o segundo time que menos perdeu no campeonato. São 35 pontos, para a meta principal (revelada pelo próprio clube), restam apenas 10 ou 11 pontos, para atingir o número mágico de 45 ou 46 pontos, e se garantir na Série A do ano que vem.
Faltam 18 jogos, 54 pontos, quatro vitórias já ultrapassariam a meta. O sonho de Libertadores passou a ser mais real do que nunca. Mesmo que o ritmo caia no fim do torneio, uma classificação para a Copa Sul-Americana também se aproxima da realidade, e ainda com o privilégio de ser o "prêmio de consolação" caso a vaga na Libertadores não venha.
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E o projeto começou o ano errado. Com o técnico Mozart, responsável pelo acesso para a primeira divisão, optando por deixar a equipe e acertar com o Coritiba (que está muito bem na Série B), a diretoria mirassolense contratou Eduardo Barroca, que durou pouco no cargo.
A missão caiu para Rafael Guanaes, técnico promissor e que havia sido demitido do Atlético-GO. E o casamento deu mais que certo. O time joga bem, não apenas se defendendo mesmo ao enfrentar equipes mais fortes e apresenta um repertório ofensivo interessante.
Enquanto isso, o seu ex-time, o Dragão, vive dificuldades na Série B.
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Com ideias novas e bem elaboradas pelo treinador, o Mirassol também conta com um elenco com figuras experientes:
Walter - o bom goleiro que era muito elogiado no Corinthians e ajudou o Cuiabá por muitos anos, assumiu a vaga de Alex Muralha e vem sendo um dos melhores goleiros do torneio.
Reinaldo, titular no São Paulo por muitos anos, agregou com liderança, bom apoio na zona ofensiva e gols de pênalti. Gabriel, ex-Flamengo e atualmente lesionado, também ajuda na criação.
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Com cinco gols no campeonato, Chico da Costa também vem brilhando, sendo protagonista de vitórias.
Danielzinho, Jemmes, Lucas Ramon, João Victor, Neto Moura e Negueba também são alguns dos destaques.
Na derrota para o Flamengo no Maracanã, em mais uma boa atuação, o clube apresentou seu novo uniforme comemorativo, em referência à Seleção Brasileira de 1970, que conquistou o Tricampeonato da Copa do Mundo. Curiosamente, é como o Mirassol vem jogando que a torcida da Seleção gostaria que a Canarinho jogasse. Ao menos um amarelo segue representando bem.
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O futebol é uma gangorra imprevisível e tudo pode mudar de uma hora para outra. Não à toa, a própria comissão técnica da equipe prega cautela e pés no chão. Como o clube irá terminar a temporada não dá para cravar, mas até agora, o desempenho é digno de aplausos.
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