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Leonardo Sandre

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As primeiras impressões de Fernando Diniz na seleção brasileira

Um time criativo, com boas triangulações no terço final do campo e bastante volume de jogo; porém, o time de Tite também goleou a Bolívia no último jogo

11/09/2023 às 12:15  atualizado em 11/09/2023 às 14:07

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Fernando Diniz, técnico interino da seleção brasileira masculina de futebol

Fernando Diniz, técnico interino da seleção brasileira masculina de futebol | Rodrigo Ferreira/CBF

A estreia de Fernando Diniz como técnico do Brasil finalmente aconteceu. Uma vitória tranquila, por 5 a 1 sobre a frágil seleção da Bolívia pela abertura das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo. Com o aumento de número de classificados para a próxima Copa (de 32 para 48),  a seleção brasileira já está praticamente garantida no próximo Mundial. Agora, a competição serve para entrosar e fortalecer este novo ciclo da amarelinha com um estilo de jogo bem encaixado.

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A primeira convocação foi boa. Apenas Matheus Cunha foi realmente questionável, afinal um centroavante com dois gols em quase 40 jogos não deveria vestir a camisa da seleção pentacampeã.

Análise do time

Um time criativo, com boas triangulações no terço final do campo e bastante volume de jogo. Não podemos deixar de considerar que a Bolívia foi derrotado pelo Brasil de Tite por 5 a 0, e perdeu agora por 5 a 1 sob o comando de Diniz. 

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Os dribles foram um ponto muito positivo. Mais apegado a movimentação e passes, muitas vezes os times de Fernando Diniz têm um jogo muito coletivo, sem tanto brilho individual, mas na seleção foi diferente. Ótimas jogadas coletivas e também individuais. Pelas características e essência da seleção brasileira, é fundamental liberdade para as jogadas individuais dos jogadores. Neymar, Raphinha, Rodrygo, quase todos foram úteis e produtivos coletiva e individualmente.

O ponto baixo foi o apagão na defesa que resultou em um gol boliviano. Nada que comprometa a boa estreia, mas foi um erro que não se pode apenas desconsiderar. O setor defensivo dos times de Diniz sempre acabam sendo a parte mais frágil de seu sistema tático.

Atuações individuais

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Éderson não foi exigido, mas ainda assim acabou levando um gol. Mesmo que não tenha sido culpa dele, ainda assim o goleiro não leva consigo uma grande atuação com a camisa da seleção. Ainda assim, sua presença entre os convocados deve ser inquestionável, assim como a de Alisson, uma vez que ambos têm grandes apresentações em seus respectivos clubes. Seria interessante para o próximo jogo do Brasil então a escalação de Lucas Perri, para ter um teste pelo País, e ganhar ou não alguns pontos na vaga de terceiro goleiro. Com Bento lesionado e a idade avançada de Weverton, Perri poderia ganhar sua chance de estrear.

Nas laterais, mais uma bela atuação de Danilo, que recebe críticas injustas sobre seu nível técnico. Um grande lateral-direito, que teria mais reconhecimento em qualquer outra seleção pelo mundo. Pelo outro lado, a oportunidade de Renan Lodi voltar aos holofotes e radar do time nacional. Uma atuação bem mais segura do que suas últimas com Tite. No mais, gostaria de ver a dupla de laterais que não atuaram para o próximo jogo. Vanderson e Caio Henrique também prometem bastante pelo estilo de jogo de Diniz.

Na zaga, uma das melhores surpresas: Gabriel Magalhães. Canhoto, com ótimo passe, o zagueiro foi seguro e ajudou muito na criação de jogadas. Acostumado a sair jogando no Arsenal pelo estilo de jogo de Arteta, o xerife fez sua estreia como titular da seleção brasileira e mostrou que pode ser muito importante para o treinador neste ciclo. Com a lesão de Militão, parece ser o parceiro ideal de Marquinhos. Falando no capitão no PSG, acabou falhando no gol, em um lance que optou por não tirar o espaço do atacante adversário. Tem créditos, mas precisa manter o alto nível. A dupla de zaga reserva não me desperta tanto interesse como nos outros setores. Nino é um bom zagueiro, mas foi convocado muito pelo treinador ser também seu companheiro de Fluminense. Ibanez rumou ao futebol saudita e ainda tem muito a mostrar.

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No meio de campo um ponto muito positivo: Casemiro. Ele já é o melhor volante do mundo há algum tempo, mas pela estreia de Diniz fez algo que não costumava fazer com Tite: foi ofensivo também. Não ficou apenas guardando posição na frente da zaga e arriscou passes e jogadas de ataque. Um craque da posição. Bruno Guimarães também foi bem e pode se consolidar como o parceiro ideal de Casemiro. Joelinton também é um nome importante.

Mais a frente e de camisa 10, com atuação de gala e direito a recorde, temos Neymar Jr. Este nível de atuação foi o de que os fãs esperam dele. Uma qualidade que parece que algumas vezes o próprio Neymar esquece que ainda tem. Um gênio do futebol. Tirando um pênalti muito mal batido, a atuação do camisa 10 foi perfeita. Um quase gol digno de Puskás, dois gols, e foi o maestro da orquestra brasileira em solo paraense. Chegou a jogar quase de um falso volante para iniciar as jogadas, se movimentou, driblou, caiu pouco, lembrou seus momentos de auge. Bolívia é pouco para Neymar, a torcida fica para que ele repita estas atuações em muitos outros jogos. Jogando enste nível, pode sim ser protagonista de uma Copa.

Rodrygo teve uma otima atuação com dois gols e muita criatividade, mesmo com as transmissões do Grupo Globo teimando em repetir a cada cinco minutos que ele perdeu um pênalti contra a Croácia na última Copa. O Marquinhos também perdeu, mas não me lembro disso ser tão relembrado como ao do Rayo. Raphinha, que fez uma Copa do Mundo ruim, voltou a seu bom momento. Grandes dribles, confiança, mas temos que ter calma. Contra equipes sul-americanas no fim do pré-Copa com Tite, Raphinha também foi muito bem, portanto, precisamos esperar um jogo grande.

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A pior atuação ficou por conta de Richarlison, e acredito que ele mesmo reconhece isto. O camisa 9 saiu chorando de campo após ser substituído e aumentou seus numeros ruins desde o fim do Mundial. Poucos gols pelo Tottenham, com jogadas bizonhas, distanciam muito o Pombo daquele jogador que fez o gol mais bonito de uma Copa do Mundo. A fase é bem ruim, e resta aguardar para ver se ele seguirá como titular. Vitor Roque, que nem foi convocado, pede passagem. 

Outro jogador treinado por Arteta e bem acostumado com triangulações é Gabriel Martinelli. Mantendo o alto nível na Premier League neste começo de temporada, o jovem revelado pelo Ituano merece uma chance entre os titulares da seleção. Acredito que cabe até mesmo um trio com Martinelli, Rodrygo e Raphinha, revezando a posição de falso nove entre eles. Rodrygo já fez essa função no Real Madrid, Raphinha no Leeds, e Martinelli faz constantemente pelo Arsenal. Seria um bom teste para a seleção.

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