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Leonardo Sandre

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Cavando seu próprio problema

Yuri Alberto, muitas vezes decisivo a favor do Corinthians, desta vez cavou sua própria derrota com uma cavadinha desastrosa

29/09/2025 às 17:00

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Yuri Alberto tem créditos com a torcida, fez gol de título na temporada, se recuperou em tempo recorde, mas pecou pelo preciosismo

Yuri Alberto tem créditos com a torcida, fez gol de título na temporada, se recuperou em tempo recorde, mas pecou pelo preciosismo | Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Em uma noite de domingo na Neo Química Arena, o Corinthians fez um grande primeiro tempo e jogou bem na etapa final, mas saiu derrotado para o Flamengo, que mesmo sem estar com o time 100% titular, conseguiu ser fatal nas duas vezes que acertou o gol alvinegro. Já o time da casa, por outro lado... cavou sua própria derrota.

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Yuri Alberto é o grande protagonista do Timão, mas vive um ano difícil com sequência de lesões. Em um começo forte do Corinthians, o camisa 9 desperdiçou uma ótima oportunidade, parando na trave, e no rebote, viu sua equipe ter um pênalti assinalado a seu favor.

Chance ideal para colocar fim em uma seca de quase quatro meses sem marcar. Yuri na bola contra o goleiro Rossi, ótimo pegador de pênaltis, que havia defendido dois e classificado sua equipe para as semis da Libertadores. Foi aí que o atacante cavou seu próprio problema.

Na tentativa de dar uma cavadinha e pegar o goleiro desprevenido, arriscou e saiu como vilão. A bola saiu sem força e Rossi, sentado no chão, a encaixou sem dificuldades. Só erra quem bate, mas errar assim, era desnecessário, ainda mais contra o Flamengo, líder do campeonato.

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Memphis Depay já havia perdido um pênalti pelo mesmo motivo contra o Mirassol, e a lembrança amarga que ficará eternamente na memória dos corintianos da cavadinha de Alexandre Pato também voltou aos holofotes.

Casos cavados

Mas afinal, cavadinha é um recurso ou é querer enfeitar? Quando se acerta, é lindo e digno de aplausos pela frieza, mas quando se erra, traz consigo uma enxurrada de críticas. Loco Abreu entrou para a história por cavadinhas memoráveis que acertou, incluindo uma em quartas de final de Copa do Mundo, mas também por uma que perdeu.

Falando de Corinthians, o gigante Cássio já sofreu com a cavadinha de Cueva (chamada pelos são-paulinos de Cuevadinha), em que o batedor acabou se dando muito bem.

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No começo do ano, na Copinha, principal competição de futebol de base do Brasil, Ryan Francisco cobrou não um, mas dois pênaltis desta maneira, e converteu ambos, saindo ovacionado. É o típico caso de que se errasse, poderia atrapalhar e muito o prosseguimento da sua carreira, mas acertando (como ocorreu), elevaria seu status.

A cavadinha seria para surpreender um goleiro preparado para pular em um dos cantos, mas há quem defenda que para isso basta cobrar no meio, inclusive a frase "pênalti decisivo é no meio" é constantemente entoada até os dias de hoje.

Assim, há quem afirme que cavadinha é para jogador que quer se aparecer para a torcida e fazer gol bonito, enquanto outros afirmam que é sim um recurso, que se bem executado, tira o goleiro da jogada.

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Fato é que, ao se dispor a fazer uma cavadinha em um pênalti importante, você assume riscos. No caso do Yuri, naquele cenário, talvez desnecessários. Querido pela torcida, vendo um jovem (Gui Negão) surgir bem na disputa por posição, com o time jogando melhor que o adversário, a decisão se mostra equivocada, mas agora com uma dose de "engenheiro de obra pronta".

É verdade que se a cavadinha fosse bem-sucedida, a Fiel Torcida teria posto o estádio abaixo, e vídeos do gol estariam circulando efusivamente, mas, o desfecho não foi esse. Yuri Alberto tem créditos com a torcida, fez gol de título na temporada, se recuperou em tempo recorde, mas pecou pelo preciosismo.

Marcou um belo gol na segunda etapa, em grande jogada individual e se emocionou, mas perdeu chances claras antes disso. Em algumas ocasiões, com um choro, celebração ou provocações, ou até promessas como atravessar o campo de joelhos por marcar gol em um jogo de meio de campeonato, o atacante parece pensar mais no próprio sucesso no que no da equipe.

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Assim, Yuri, que já decidiu tantos jogos a favor do Corinthians, cavou a própria derrota. Coisas do futebol.

Em um jogo contra o Flamengo, o Timão tinha que ter erro zero, se arriscado o mínimo possível, pois se na Copa do Brasil a situação é esperançosa e até otimista, no Brasileirão a realidade é diferente, e três pontos, ainda mais no contexto atual, seriam muito preciosos.

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