No fim do ano, após muitas oscilações, dramas e muito suspense, a avaliação de Neymar em 2025 acabou positiva. É bem verdade que os dois maiores destaques individuais do camisa 10 foram contra os rebaixados Juventude e Sport, mas os três pontos valeram igualmente.

Inclusive, foram estes pontos que deram ao torcedor santista um gostinho doce ao olhar a tabela final: o Peixe acabou na frente do rival Corinthians. Desta forma, o Timão foi o pior paulista no campeonato, e, curiosamente, não venceu o Juventude em nenhuma das ocasiões.

Após a última rodada, Neymar ainda deu uma entrevista muito importante, na qual falou sobre sua sanidade mental e o quanto se sentia esgotado mentalmente pela primeira vez na carreira. Buscou ajuda, reagiu e decidiu.

Mas, no meio de tantas marés negativas que atingiram o jogador recentemente, ao menos uma foi embora: Neymar reafirma sua idolatria com a única torcida que nunca o abandonou: a santista.

O debate se o craque deve e merece ou não estar na Copa do Mundo volta à tona, mas agora é caso à parte. Ancelotti afirmou que, estando 100% fisicamente, o atleta deve estar no Mundial. A corrida agora é contra o tempo. Ver como ele começará a temporada 2026.

O foco do momento deve ser que o Santos se salvou do rebaixamento, e, principalmente, por conta de Neymar. Por mais que o ano tenha sido considerado positivo pelo presidente Marcelo Teixeira, a equipe pode mais, e o camisa 10 parece se esforçar para fazer o elenco voltar a acreditar.

Conclusões sobre o Brasileirão

Indo além do Santos, há outras equipes com destaques (sejam negativos ou positivos). O São Paulo, por mais inacreditável que pareça, sem entregar constância e um futebol tão brilhante, ainda assim acabou em oitavo. Torce agora por Fluminense ou Cruzeiro na Copa do Brasil para voltar à Libertadores.

O Palmeiras foi o vice-campeão com a maior pontuação da história (76 pontos), mas encerra um ano sem títulos pela primeira vez sob o comando de Abel Ferreira. De quebra, foi um dos responsáveis pelo não rebaixamento do Internacional, ao vencer o Ceará em um jogo que, para o Verdão, servia apenas para cumprir tabela.

Por fim, o Corinthians, dono da terceira folha salarial mais cara do País, fez um Brasileirão ruim, tendo vencido apenas uma das últimas sete partidas. Contudo, a tônica dos trabalhos de Dorival tem sido assim, com o brilho ficando para as Copas, e o Timão foca agora na Copa do Brasil para coroar uma temporada e retornar à Libertadores.

Sensação do campeonato, o Mirassol terminou o campeonato invicto dentro de casa, classificado para a Libertadores direto na fase de grupos e como carimbo da campanha mais surpreendente da história do Brasileirão de pontos corridos.

Os rivais cearenses protagonizaram histórias com o mesmo destino, mas de construções inversas. Enquanto o Fortaleza vinha de uma arrancada histórica, podendo ser uma das maiores salvações de todos os tempos, o Ceará foi caindo na tabela lentamente, até amargar o rebaixamento.

A salvação ficou por conta de Vitória (em um trabalho espetacular de Jair Ventura), que já havia se salvado ano passado com Thiago Carpini e para o Internacional, que via sua torcida já quase sem esperanças, mas que venceu bem a equipe do Bragantino.

Minha seleção do campeonato fica com:

Walter (Mirassol), Paulo Henrique (Vasco), Léo Pereira (Flamengo), Fabrício Bruno (Cruzeiro) e Reinaldo (Mirassol); Lucas Romero (Cruzeiro), Danielzinho (Mirassol), Arrascaeta (Flamengo) e Jhon Jhon (RB Bragantino); Kaio Jorge (Cruzeiro) e Vitor Roque (Palmeiras), treinados por Rafael Guanaes (Mirassol).

Menções honrosas para: Léo Ortiz (Flamengo), Samuel Xavier (Fluminense), Matheus Pereira (Cruzeiro), Rayan (Vasco), Alan Patrick (Internacional), Flaco López (Palmeiras) e Carlos Vinícius (Grêmio).

Uma decepção notável ficou por conta de Rodrigo Garro, do Corinthians. O argentino foi um dos melhores jogadores do Brasileirão de 2024, e saiu de 10 gols do ano passado para nenhum gol marcado na edição deste ano. Representa bem a equipe nesta competição.