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O fato de você muitas vezes não poder provar algo não torna o fato uma mentira, correto?
01/11/2025 às 06:00
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Sim, daqui a 27 gols, pelas minhas contas e anotações, farei o gol de número 3 mil | Freepik
O fato de você muitas vezes não poder provar algo não torna o fato uma mentira, correto?
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É até um pouco triste ter que usar esta nobre coluna, neste nobre jornal, para uma espécie de autodefesa. Não estou mentindo no que vou falar, mas também não há como provar. Então, tudo o que peço aos meus leitores é um voto de confiança, já que o que me trouxe a este texto foi justamente a desconfiança de amigos íntimos.
O texto contém mágoa.
Tudo começou quando, na semana passada, logo após ter marcado quatro gols no futebol com “amigos”, eu declarei - ali, no ambiente de churrasco, pós-jogo, informal - que estava a 27 gols do meu gol de número 3 mil.
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Sim, daqui a 27 gols, pelas minhas contas e anotações, farei o gol de número 3 mil. Risadas, dedos apontados e uma espécie de chacota com a minha pessoa foram o que veio logo após a minha declaração. Comecei a jogar futebol muito cedo em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Mas foi na fase adulta que comecei, de maneira muito informal, a contabilizar os gols que eu fazia - a princípio em um caderninho, que me ajudava a lembrar do dia e em qual “pelada” o gol aconteceu. Com a chegada da tecnologia, em certa ocasião, fui presenteado por uma tia com uma agenda eletrônica. Produto que foi moda no fim da década de 1980.
Na ânsia de me modernizar, passei todas as minhas anotações de cunho futebolístico para essa tal agenda eletrônica.
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Ela me acompanhou por longos anos, até que, um belo dia, parou de funcionar sem me dar a menor explicação. E o que poderia eu fazer para não perder informações tão preciosas? Nada! Nessa época, eu tinha cerca de 800 gols marcados em futebol de campo, areia e salão.
Continuei minha contagem de maneira discreta e nunca havia mencionado tal fato aos amigos. Até que, recentemente, fui olhar minhas anotações e percebi que faltam apenas 27 gols para a incrível marca de 3 mil gols. É lógico que penso em comemorar, chamar a imprensa e tornar público esse feito. Mas, diante de tanto bullying sofrido ultimamente, talvez faça apenas uma comemoração discreta.
Hoje em dia, eu jogo três “peladas” por semana. Jogo com os radialistas de São Paulo na segunda, com o pessoal do prédio na terça e, quando posso, na sexta, com um grupo de corretores de imóveis.
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Tenho mantido uma média de três gols por noite e, para isso, sim, existem muitas testemunhas. Mas a minha indignação é ver gente que crê que Adão e Eva falaram com uma cobra, que a Terra é plana, que o que tinha no cachimbo do Popeye era mesmo espinafre, mas não consegue acreditar que estou falando a verdade.
Por isso, hoje proponho uma coluna interativa. A todos que passaram os olhos por este punhado de palavras e, de alguma maneira, sabem que estou falando a verdade, peço que me deem forças indo até o meu Instagram, @marcelomarrom, e deixem apenas a seguinte frase na foto de divulgação desta coluna: “Eu acredito!”
Vamos mostrar ao mundo que ainda existem pessoas falando a verdade — e que acreditamos uns nos outros. Isso me fará bem e me trará conforto em meio a tantas desconfianças.
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Aos que não acreditam, desejo atropelamentos por uma kombi enferrujada. Nada fatal, mas dolorido. E podem aguardar, pois já já estarei por aqui comemorando os meus 3 mil gols.
Acredite se quiser.
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