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A cada dia que passa observamos novas investidas contra a classe trabalhadora e o meio ambiente
02/05/2025 às 21:30
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Esta talvez seja a mais perversa arma do capitalismo | Singkham/Pexels
Todo mundo sabe que o capitalismo é baseado na propriedade privada dos meios de produção e na acumulação de capital, mas o que muita gente não tem clareza é a forma como este sistema tenciona barreiras socioambientais.
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Apesar da busca desenfreada pelo lucro característica deste sistema gerar muita riqueza, esta fica concentrada nas mãos de poucos, enquanto a pobreza e a devastação ambiental se difundem rapidamente pelo mundo.
O que convencionamos chamar de crises do capitalismo, como em 1929 e 2008, por exemplo, não se mostraram ameaças reais ao modelo de produção vigente ou aos detentores do capital, mas oportunidades para que empresas e Estados flexibilizassem leis ambientais e trabalhistas, potencializando o acúmulo e gerando mais desigualdade ao longo do tempo.
O surgimento na última década de um fenômeno chamado “uberização do trabalho” é um bom exemplo, caracterizado pela flexibilização das relações laborais, onde o trabalhador arca com todos os custos da operação sem acesso aos direitos até então previstos em lei.
O discurso de que esta flexibilização aumenta a oferta de emprego é usado com frequência para convencer as massas de que abrir mão de direitos consagrados seria algo positivo e, por incrível quer pareça, convence muita gente.
O resultado é a precarização do trabalho e o aumento vertiginoso do lucro para uma parcela cada vez menor da população.
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No que diz respeito às leis ambientais, a lógica é a mesma: há que se acabar com a proteção do meio ambiente para que poucos empresários levem os recursos naturais à exaustão, em benefício próprio.
Trocando em miúdos: o conjunto da população entrega suas riquezas naturais e recebe de volta a pobreza e a intensificação de fenômenos climáticos extremos.
A cada dia que passa observamos novas investidas contra a classe trabalhadora e o meio ambiente, mas pouca consciência social, tanto da parte do empregador como do trabalhador, que é induzido a pensar que os interesses do patrão são também os seus. Esta talvez seja a mais perversa arma do capitalismo.
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