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Nilto Tatto

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Anistia e bandidagem

Não é a primeira vez que o Brasil enfrenta manobras políticas travestidas de "pacificação"

24/09/2025 às 15:16  atualizado em 24/09/2025 às 15:43

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No Congresso Nacional, tramitam projetos que em nada refletem os anseios da sociedade

No Congresso Nacional, tramitam projetos que em nada refletem os anseios da sociedade | Divulgação/EBC

No Congresso Nacional, tramitam projetos que em nada refletem os anseios da sociedade. Propostas como a chamada “PEC da Blindagem”, que busca dificultar a responsabilização de parlamentares, ou a tentativa de anistiar os golpistas de 8 de janeiro, revelam um esforço de parte da elite política em legislar em causa própria. Esses movimentos não nascem do povo, mas sim da necessidade de proteger interesses privados e de perpetuar privilégios.

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Em contraposição, há projetos que buscam responder a demandas legítimas da população. A PEC da Segurança Pública, apresentada pelo governo federal e engavetada há anos, é um exemplo: preocupa-se em estruturar uma política nacional para reduzir a violência e melhorar a vida dos brasileiros.

O mesmo vale para propostas como a taxação de grandes fortunas, a isenção de impostos para quem ganha até 5 mil reais, a redução da jornada exaustiva do 6x1, além de investimentos urgentes em Saúde e Educação. Essas medidas, ao contrário, têm origem no clamor social e buscam justiça e equidade.

Não é a primeira vez que o Brasil enfrenta manobras políticas travestidas de “pacificação”. O Golpe de 1964, que instaurou a ditadura militar, terminou com uma anistia ampla que perdoou opressores e violadores de direitos humanos. À época, a justificativa era “virar a página” e evitar divisões, mas, na prática, significou impunidade e silêncio forçado das vítimas. Hoje, a anistia aos golpistas de 8 de janeiro ecoa esse mesmo discurso: uma espécie de chantagem, onde setores políticos dizem que só haverá estabilidade se ficarem livres de responsabilização.

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Ao legislar em benefício próprio, parte do Congresso repete esse histórico de chantagens. Ao invés de construir uma democracia sólida e justa, insiste em transformar a política em escudo para poucos. É preciso reafirmar: projetos de interesse coletivo não podem ser sufocados por iniciativas que apenas blindam privilégios. O Brasil já sofreu demais com golpes e retrocessos; é hora de avançar no caminho da justiça social, da democracia e da soberania popular.

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