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Memórias de Porto Feliz

Adriano Taunay: O ilustrador da Expedição Langsdorff

Seu belíssimo trabalho envolveu a ilustração científica desenvolvida em destacadas viagens de cunho exploratório realizadas no século dezenove

Maria Eduarda Guimarães

29/09/2023 às 12:32  atualizado em 29/09/2023 às 16:10

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Adriano Taunay , o ilustrador da Expedição Langsdorff, Memórias de Porto Feliz

Adriano Taunay , o ilustrador da Expedição Langsdorff, Memórias de Porto Feliz | Domínio Público

A foto que ilustra esta postagem mostra o jovem Aimé-Adrien Taunay, tratado pelos historiadores brasileiros como Adriano Taunay. Esse notável artista francês nasceu na cidade de Paris no ano de 1803 e, ainda jovem, mudou-se para o Brasil. Seu belíssimo trabalho envolveu a ilustração científica desenvolvida em destacadas viagens de cunho exploratório realizadas no século dezenove.

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Aimé-Adrien era filho de Nicolas-Antoine Taunay, personalidade que participou da Missão Artística Francesa e organizou a fundação da Academia Imperial de Belas Artes na cidade do Rio de Janeiro.

Adriano Taunay trabalhou como ilustrador de duas importantes expedições. A primeira foi uma navegação de caráter exploratório e científico, realizada entre 1818 e 1820, a bordo da Corveta Uranie. Essa missão passou pela África do Sul, Austrália, Timor Leste, Ilhas Marianas, Ilhas Havaianas e outras Ilhas do Oceano Pacífico, até naufragar nas Ilhas Malvinas, sem danos humanos ou aos produtos de pesquisa.

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A segunda expedição foi patrocinada pelo Império Russo e comandada pelo Barão de Langsdorff. Essa missão que levou o nome do seu comandante – Expedição Langsdorff -, explorou o interior do Brasil por meio dos seus rios. Para Adriano Taunay essa jornada teve início no ano de 1825, quando entrou para a equipe substituindo ao notável ilustrador Rugendas.

A expedição Langsdorff foi organizada na então Vila de Porto Feliz com a participação do médico e político Dr. Francisco Álvares Machado, e sua partida deu-se do Porto de Araritaguaba no dia 22 de junho de 1826. Essa viagem percorreu seis estados brasileiros, somando um total de dezessete mil quilômetros, seguindo até o Amazonas e passando por Cuiabá.

Nessa importante aventura também seguiram o artista Hércules Florence, os zoólogos Ménétriès e Hasse, o astrônomo da Marinha Russa Nester Rubtsov e o botânico Ludwig Riedel. Em 5 de janeiro de 1828, no Mato Grosso, Adriano Taunay afogou-se nas águas do Rio Guaporé e faleceu com apenas 25 (vinte e cinco) anos de idade.

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O trabalho gráfico e textual produzido pelo artista encontra-se distribuído em acervos na Rússia, devido à origem da Expedição Langsdorff; no Haiti e na Austrália; locais pelos quais passou sua navegação ao redor do mundo e, no Brasil, especialmente no Museu Paulista da Universidade de São Paulo.

O retorno da histórica viagem deu-se na cidade do Rio de Janeiro em 10 de março de 1829.  O material coletado pela expedição, inclusive o diário de bordo do Barão Langsdorff, foi encaminhado à Russia e somente foi encontrado cerca de um século mais tarde.

O Diário de Langsdorff foi publicado no Brasil em 1997, pela Editora Fiocruz, depois de um intenso trabalho de pesquisadores e cientistas brasileiros. Foi um dia na história passada / Desta gente que alegre se diz / Bandeirantes que daqui partiram / Encheram de glórias o Porto Feliz!

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