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A cidade de Porto Feliz está ligada a importantes episódios da história brasileira | Domínio Público
Na primeira metade do século dezenove quando os ideais de independência borbulhavam pelos mais remotos rincões brasileiros, existiu na então Vila de Porto Feliz um grupamento militar armado, temporariamente organizado para o cumprimento de sua nobilíssima missão. Esse grupamento recebeu a denominação de “Esquadrão Militar Porto-Felicense dos Voluntários da Sereníssima Princesa”, e foi criado algum tempo antes do dia 7 de setembro de 1822, para apoiar a Imperatriz Leopoldina na sua luta pela Independência do Brasil.
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Nos idos de 1822 quando o ideal de independência ganhou força no território brasileiro, a Vila de Porto Feliz abraçou a causa. Os Alferes José de Tolledo Piza e Joaquim Corrêa Leite, cidadãos desta vila, lideraram o “Esquadrão Militar Porto-Felicense dos Voluntários da Sereníssima Princesa”, e apoiaram a Imperatriz Leopoldina na sua brava luta pela libertação do nosso país.
Esse Esquadrão Militar esteve vigilante e pronto para o combate, até que o Brasil fosse efetivamente desligado do jugo português.
José de Tolledo Piza nasceu em Porto Feliz onde se casou no ano de 1836 com Dulcelina de Campos, filha do Tenente Domingos de Almeida Campos e de Maria Inácia Leite.
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Joaquim Corrêa Leite, filho do Sargento Mor José da Costa Matta e de Izabel Pedroso, nasceu em Porto Feliz e também trabalhou como Juiz de Órfãos. Casou-se no ano de 1804 com Francisca Simões da Rocha, sobrinha do Padre André Rocha, que trouxe para a Vila de Porto Feliz o primeiro piano da Província de São Paulo, no dia 02 de maio de 1820.
Joaquim Corrêa Leite e José de Tollledo Piza eram maçons, membros do Quadro de Obreiros da Loja Intelligência, onde foram iniciados no ano de 1832. Vale ressaltar que desde os velhos tempos a cidade de Porto Feliz está ligada a importantes episódios da história brasileira.
No que tange ao movimento que culminou com o célebre brado do Imperador D. Pedro I às margens do Riacho Ipiranga no dia 07 de setembro de 1822, a partir do qual o Brasil tornou-se independente do jugo de Portugal, é importante considerar que não foi um ato tão simples quanto parece. Houve resistência e luta armada entre brasileiros e portugueses na cidade do Rio de Janeiro no movimento chamado de “Guerra da Independência” que se estendeu de 1822 a 1823, no contexto do processo de independência que ocorreu de 1808 a 1825.
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A “Guerra da Independência” foi, na verdade, uma luta civil luso-brasileira já que portugueses e brasileiros combateram em ambos os lados.
Nessa luta armada pela Independência do Brasil, o militar João Baptista Lobo de Oliveira teve ativa participação como integrante da tropa comandada pelo General Joaquim Xavier Curado – Tenente General Governador das Armas da Côrte e Província -, no embate travado com a tropa portuguesa liderada pelo General Avilez. Tempos depois desse conflito armado no Rio de Janeiro, e já no ano de 1831, o militar João Baptista Lobo de Oliveira chegou à Vila de Porto Feliz, onde se instalou, possivelmente, como proprietário da “Fazenda Capivary”.
Esse militar foi por muitos anos morador da cidade de Cuiabá e, por força do movimento monçoeiro, manteve estreitos laços de amizade com cidadãos ilustres da Vila de Porto Feliz, com os quais conversava sobre a ideia de independência. Por tais razões e pelos auspícios de progresso que se vislumbrava para o local, ao chegar à Vila de Porto Feliz no ano de 1831, João Baptista Lobo de Oliveira foi o principal articulador da fundação da Loja Maçônica Intelligência neste recanto paulista, e que foi a primeira em toda a Província de São Paulo.
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Constata-se, assim, que Porto Feliz, a Terra das Monções e Berço da Maçonaria Paulista, está diretamente ligada ao movimento da Independência do Brasil graças ao empenho de seus cidadãos ilustres que compuseram o “Esquadrão Militar Porto-Felicense dos Voluntários da Sereníssima Princesa”, abraçando a causa da Imperatriz Leopoldina, a primeira esposa do Imperador D. Pedro I e uma das principais articuladoras do movimento que nos livrou do domínio português.
Os princípios liberais dos nossos bravos ancestrais estão bem demonstrados pelas vitoriosas atuações desses notáveis cidadãos que, a seu tempo, compuseram o Quadro de Obreiros da Loja Intelligência. Era uma época em que a política estava na ordem do dia e os homens que galgavam cargos públicos dedicavam-se, de corpo e alma, às lides de interesse coletivo, na melhor acepção do termo.
Defendiam ardorosamente suas ideias e seus ideais, com honra e altivez, pois eram capazes de ir ao sacrifício da própria vida na defesa de suas convicções. Animados por esses mesmos princípios, maçons da Loja Intelligência atenderam ao chamado do Regente Feijó e do Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar, e lutaram bravamente na Revolução Liberal de 1842.
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Os registros históricos que atestam a bravura dos maçons da Loja Intelligência, quer seja na batalha pela Independência do Brasil, quer seja no Movimento Revolucionário de 1842, demonstram o valor dos nossos antepassados e fortalecem em cada um de nós o inalienável dever de lutar, com todas as forças, pela preservação dos sagrados princípios de liberdade, igualdade e fraternidade em nosso país! Salve Terra das Monções / Tua gente varonil / Honrará tuas tradições / E a grandeza do Brasil.
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