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Pauta da semana

Não pode ser comum

Na maioria dos casos, o assediador afirma que não teve a intenção, mas assim como no caso da deputada, outros mostram que o modo de agir é sempre o mesmo

Bruno Hoffmann

18/12/2020 às 18:22

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Momento foi flagrado pela TV da Assembleia Legislativa de São Paulo

Momento foi flagrado pela TV da Assembleia Legislativa de São Paulo | Reprodução/Alesp

Uma reportagem publicada na Gazeta na última semana mostrava pesquisa apontando que cerca de 80% das mulheres já sofreram violência ou assédio no ambiente de trabalho. O número estarrecedor escancara uma dura realidade do cotidiano da mulher brasileira. Seja qual for a profissão, nível hierárquico, escolaridade ou idade, a trabalhadora está sujeita a diversos tipos de assédio moral a sexual.

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A situação é tristemente tão comum que nesta semana a vítima de assédio foi uma deputada estadual dentro do seu ambiente de trabalho, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Ou seja, com uma autoridade eleita por milhares de eleitores em uma das casas legislativas mais importantes do País.

Isa Penna (PSOL) exercia sua função em uma discussão no plenário quando teve o seio apalpado pelo colega deputado Fernando Cury (Cidadania). O parlamentar tinha tanta convicção de que praticava um ato comum que o fez em frente às câmeras de segurança e na presença de mais de cem pessoas. Alegou que era um abraço, porém as imagens são claras de que se tratou de um ato totalmente descabido e que fere não tão somente a honra da deputada como o decoro da Casa de Leis.

Esse é um crime que ocorre pelo simples fato de uma mulher ser uma mulher. É algo que os parlamentares homens não temem sofrer, mas que mulheres crescem atentas a se prevenir desse tipo de violência cruel, mas tão comum em nossa sociedade.

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Na maioria dos casos, o assediador ou agressor afirma que não teve a intenção, que não foi proposital, mas assim como no caso da deputada, outros casos que vieram à tona através da imprensa, mostram que o modo de agir é sempre o mesmo, utilizando-se do poder sobre a vítima ou constrangimento para tirar proveito da situação. Em boa parte dos casos, esse constrangimento e sentimento de culpa fazem com que a vítima não denuncie o crime. Soma-se a isso a impunidade e assim o crime se repetindo dia após dia no cotidiano das mulheres.

Casos como da atriz Dani Calabresa e da deputada Isa Penna devem servir de exemplo para que mais mulheres se sintam seguras em denunciar sem sofrer algum tipo de retaliação e preconceito. É preciso que as mulheres sejam respeitadas no ambiente de trabalho, assim como em qualquer outro local, mas principalmente é preciso que este tipo de crime seja punido independentemente do cargo ou profissão de quem o pratica.

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