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Jair Bolsonaro, sem máscara, durante visita ao Mato Grosso em setembro | Alan Santos/PR
Vai ser difícil os livros de história explicarem o que aconteceu no Brasil entre 2020 e 2021. O mote principal, claro, seria a pandemia do novo coronavírus. Porém, a forma como o País lidou com isso, com certeza, será objeto de estudo científico.
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Falando em ciência, precisa constar em um dos capítulos que a busca de cientistas pelo conhecimento e cura de doenças valeram de pouca coisa. Muitos brasileiros (de vários níveis de escolaridade, diga-se de passagem) duvidaram da eficácia de uma vacina e confiaram em um medicamento sem nenhuma comprovação, nem na teoria e nem na prática.
Muito desse discurso foi validado pela maior autoridade do País, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Este, aliás, vai ficar conhecido como o presidente que lidou da pior forma possível com a maior crise sanitária da atualidade. O papel de uma autoridade em momentos como esse é gerenciar a crise e tomar providências para que as consequências sejam menos dramáticas possíveis, porém...
Primeiro, o presidente negou a gravidade de uma pandemia, porque era só uma gripezinha, “ou um resfriadinho”. Depois foi totalmente contra medidas de distanciamento social, e ainda impediu a compra de vacina. Sequer máscara de proteção facial a maior autoridade brasileira incentivou que a população usasse.
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Alheio a problemas como falta de insumos para hospitais, o Brasil se viu afogado na segunda onda da doença, e pacientes morreram sem oxigênio em Manaus e no Pará. Não bastassem as vidas que infelizmente não foram salvas por conta da gravidade da doença, ainda perdemos pacientes que poderiam ter tido seus quadros revertidos.
Mesmo se alinharmos o pensamento com o da turma do “não é tudo culpa do presidente”, claro que o governador e deputados têm sua parcela, é de suma importância entender que é do Governo Federal a responsabilidade de lidar com uma crise dessa magnitude e agir em consonância com os estados, fiscalizando a aplicação de recursos públicos e trabalhando para prever situação como a falta de oxigênio em um estado.
Por isso há neste momento há 56 pedidos de impeachment contra o presidente pelo crime de responsabilidade durante a crise do coronavírus. Nenhum país do mundo cogitou tirar o seu presidente em meio a uma crise sanitária sem precedentes. O Brasil conseguiu mergulhar em uma crise política em plena pandemia, por incompetência, irresponsabilidade, ineficiência e incoerência de um governo.
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