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Ato em São Paulo em homenagem às vítimas da Covid-19 | Divulgação/MBL
Não tem como escapar da máxima: estamos vivendo o pior momento da pandemia. Não importa se você não acredita nos números, na imprensa ou na ciência, o fato é que perto de você, na sua família ou no seu convívio neste momento alguém está doente ou ficará doente pelo coronavírus.
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Em uma população de 220 milhões de habitantes, isso quer dizer que há muita, mas muita gente doente, mesmo tendo muitos não sentindo na pele, não acreditando nisso. Os negacionistas, como são chamados aqueles que se recusam a acreditar na doença e tocam a vida “normalmente” (se é que isso é possível), podem até tentar, mas não podem fugir da verdade. Entre aqueles que se negam a acreditar e, pior, a tomar medidas que poderiam evitar a catástrofe. está o presidente Jair Bolsonaro. Primeiro negou a pandemia – “só uma gripezinha, a imprensa está alarmando” –, depois se negou a usar a máscara e ainda provocava aglomeração. Por último negou a vacina: “se quiser tomar e virar jacaré é problema de vocês”.
As únicas medidas capazes de frear o avanço da doença foram negadas pelo presidente aos brasileiros e assim chegamos ao ponto que estamos: mais de 270 mil mortes e 11 milhões de casos. Ou seja, a cada 20 brasileiros um está enfermo pelo vírus. Se não pensar em números, porque os negacionistas dizem que são mentirosos, basta passar em frente ao pronto socorro ou hospital e ver o entra e sai desesperado de famílias, de doentes, de corpos.
Porém, mesmo assim, há aqueles que dizem que sempre houve lotação em hospital e pessoas morrendo. Mas não tanta gente assim e nem todo mundo de uma vez. Na mesma família morrem pai e mãe, irmão e mãe, pai e filho. Crianças, jovens, adultos e idosos. A Covid-19 está dizimando famílias inteiras. Negacionistas: “Ah, mas o que está acabando com o país é o comércio fechando”. Também! E isso também é fruto da incompetência de um governo que não é capaz de se articular e dar renda aos comerciantes e à população. Uma coisa leva a outra. Não há economia saudável com o país doente. Não há país saudável com um governo doentio. Negando a realidade caminhamos rumo ao abismo.
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Enquanto não houver vacinas, só há o isolamento social como medida para frear a pandemia. Enquanto houver pandemia, não há recuperação econômica possível. Cada atitude egoísta de um brasileiro é uma vida a menos e uma família a mais sofrendo. Em um país sem planejamento e sem governo, só funcionamos a base da emergência. Mas a emergência está durando tempo e vidas demais. Não dá mais.
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