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Mesmo com toda morosidade do governo, as consequências da vacinação já estão rendendo um certo alívio ao brasileiro
13/08/2021 às 15:19 atualizado em 27/06/2023 às 12:24
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Os dados de vacinação são obtidos a partir dos registros feitos pelas cidades no VaciVida, sistema que deve ser atualizado diariamente | Divulgação
À medida que a vacinação contra a Covid-19 avança, os brasileiros voltam a ter esperança. Os números de casos e internações vêm apresentando queda e pela primeira vez, desde novembro de 2020, não há nenhuma cidade do País com ocupação de leitos de UTI acima dos 80%.
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Neste fim de semana, com a “virada da vacina”, a capital paulista vai ter imunizado toda a população acima dos 18 anos com pelo menos uma dose da vacina. As notícias são animadoras, porém ainda estamos vivendo em meio a uma pandemia com uma média de mortes alta, acima de 900, e novos 35 mil casos são registrados diariamente no País.
Até o calendário de imunização se completar é preciso ter muita responsabilidade, e, ao que tudo indica, os brasileiros estão conscientes da importância da vacina.
Ao contrário de outros países, como os Estados Unidos, onde é preciso até incentivo financeiro para levar os cidadãos aos postos de vacinação, no Brasil a cultura da vacina, apesar do negacionanismo, é forte. Foram mais de 160 milhões de doses aplicadas em território nacional desde o começo da vacinação, em janeiro, até esta quinta-feira. Apesar do número alto, os imunizados com a primeira dose são 53% e com duas doses ou dose única, ainda 23% da população.
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Essa porcentagem não avança na velocidade que é preciso, parte por conta do tamanho continental do País e parte por negligência do governo federal na distribuição de doses. Nesta semana o Rio de Janeiro teve a vacinação interrompida por falta do imunizante. Já o estado de São Paulo recebeu menos do que o programado. Enquanto isso, mais de 9 milhões de doses de vacina estavam na sexta-feira em Guarulhos, no centro de distribuição do Ministério da Saúde, aguardando liberação para serem enviadas aos estados. O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, negou que isso tenha causado atraso e ressaltou que o processo faz parte dos trâmites legais.
Mesmo com toda morosidade do governo, as consequências da vacinação já estão rendendo um certo alívio ao brasileiro. É preciso acelerar o processo de distribuição dos imunizantes para cidades e estados vacinarem totalmente suas populações. Cumprir a burocracia, mas de maneira ágil e comprometida. Depois, o próximo passo seria o governo acelerar pautas de recuperação econômica em vez de organizar desfile militar e somar esforços pela volta do voto impresso.
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