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Sem estoque de trigo, milho e arroz, o país pode ter desabastecimento
21/03/2020 às 10:23
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No caso do milho, a redução será válida até o dia 31 de março | Maks Narodenko
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou na quinta-feira (19) que não haverá falta de alimentos durante a crise provocada pelo coronavírus. Durante a semana, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos também já havia anunciado a criação de um comitê junto com a Associação Brasileira dos Supermercados para acompanhar diariamente a situação nos mercados, supermercados e hipermercados.
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Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal informou que os setores de aves, ovos e suínos estão empenhados na manutenção do fluxo de produtos. E a Confederação da Agricultura e Pecuária disse que a cadeia de produção e comercialização não será prejudicada.
Mas, a ausência de frigoríficos no mercado do boi durante a semana contrastou com o discurso oficial. A expectativa do setor é que problemas logísticos limitem o consumo. Com isso, a tendência é de queda nos preços da carne.
Como o Brasil só produz metade do trigo que consome, a solução sempre foi a importação. E nosso principal parceiro é a Argentina, que fechou suas fronteiras até o final do mês. Outro fornecedor é o Paraguai, que também proibiu viagens ao Brasil.
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Pior: com o dólar em alta desde janeiro, as importações de trigo já foram 13,2% menores em fevereiro (antes da chegada do coronavírus ao Brasil), na comparação com o mesmo mês de 2019.
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do Governo Federal.
O milho e o arroz também preocupam. Em 2020, o estoque interno de arroz deve atingir o menor volume em 35 anos, segundo o Cepea/USP. O milho vem batendo recordes sucessivos nas exportações. Com isso, mesmo antes da crise, já era prevista escassez do grão no País no final deste primeiro semestre.
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Decreto de Bolsonaro...
O Conselho Nacional de Direitos Humanos pediu providências ao Congresso Nacional contra o Decreto 10.252/20, que extinguiu o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), publicado em 20 de fevereiro por Jair Bolsonaro.
...extingue escolas rurais...
Criado no Governo FHC, o Pronera formou 167 mil alunos no Ensino Fundamental, nove mil no Ensino Médio e mais de 5.300 em cursos superiores e de pós graduação nos últimos 20 anos.
...em todo o País.
Mas, o Pronera era especialmente importante para erradicação do analfabetismo...
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Vai um queijim?
Acaba de ser criada a Associação Mineira dos Produtores de Queijo Artesanal. Minas Gerais tem produtores de leite em todos os seus 853 municípios e mais de 300 anos de história no setor. Em 2019, vários queijos mineiros receberam medalhas no ‘Mondial du Fromage’, competição internacional de qualidade e sabor realizada na França.
Filosofia do campo:
"Eu deixo aroma até nos meus espinhos. Ao longe, o vento vai falando de mim…". Cecília Meireles (1901-1964), escritora carioca.
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